COM SALÁRIO MÍNIMO, POLÍTICAS PÚBLICAS E CULTURA, GOVERNO LULA AVANÇOU NA RECONSTRUÇÃO SOCIAL
Juros, reforma tributária e “arcabouço fiscal” são pedras no caminho do crescimento
“A cultura toma posse” era o tema quando a cantora Margareth Menezes assumiu o Ministério da Cultura, no segundo dia de janeiro. A cerimônia marcava a volta do Minc, reduzido a secretaria no governo anterior, marca do mais por arroubos conservadores do que por políticas efetivas.
“O desmonte não trouxe só consequências econômicas, mas também muita dor”, disse Margareth. A questão cultural, que busca descentralizar o acesso, soma-se a iniciativas ligadas à área social, na saúde e nos direitos humanos, que tiveram protagonismo nos 100 primeiros dias de governo. Já a área fiscal segue como desafio a atravessar, até para garantir sequência nas ações.
Também nos primeiros 100 dias de governo Lula, um assunto se impunha: a política de valorização do salário mínimo, efetivada justamente em seu primeiro mandato, a partir de uma demanda das centrais sindicais. Virou lei, foi interrompida nas gestão anterior e agora está sendo reimplementada. Na última terça-feira (4), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu – novamente das centrais – documento com elaboração do Dieese propondo reajustes contínuos do piso nacional, acima da inflação, pelas próximas décadas.
“É um dia muito especial, que marca a retomada do que nunca deveria ter sido interrompido, o diálogo com a classe trabalhadora de uma pauta tão crucial como o reajuste do salário mínimo”, destacou o presidente da CUT, Sérgio Nobre. O diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Jr., observa que a proposta prevê meta de crescimento do salário mínimo a longo prazo, “que pode e deve ser revista a cada 10 anos”. Em torno de 60 milhões de pessoas têm o salário mínimo como referência. Assim, trata-se principalmente de uma política de redistribuição de renda.
Por 247