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Com reunião marcada para terça (6), CPMI do 8 de janeiro tem 797 requerimentos

A próxima reunião marcada tem na pauta a votação do plano de trabalho da relatora, senadora Eliziane Gama; entre os alvos dos requerimentos, estão Jair Bolsonaro e Flávio Dino

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro em Brasília (DF) terá na próxima terça-feira (6) a segunda reunião para análise e votação do plano de trabalho. Até o momento, o colegiado se reuniu apenas uma vez, em 25 de maio, para instalação e eleição da cúpula. Ficou como presidente o deputado federal Arthur Oliveira Maia (União-BA) e como relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Depois da votação do plano de trabalho da relatora, a CPMI deverá se debruçar, na quarta-feira (7), sobre os requerimentos apresentados. Já são 797 protocolados e nenhum foi analisado ainda. A maioria deles tem o conteúdo repetido e trata da convocação para depoimentos. Entre os nomes visados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem pedidos de transferência de sigilo bancário, telefônico e telemático. O ex-mandatário também é alvo de um convite.

Ainda na mira, estão o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. Nomes que ocuparam cargos de comando em outros órgãos públicos também são visados, como na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal.

A estratégia de governistas é focar em questionamentos de pessoas ligadas a Bolsonaro, tentando culpar aliados e militantes por uma tentativa de “golpe” construída por discursos inflamados, especialmente, durante a campanha eleitoral de 2022. No pleito, Bolsonaro perdeu para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Deputados e senadores da oposição, no entanto, tentam virar o jogo jogando a responsabilidade pela destruição das sedes dos Três Poderes para a atual gestão federal. Os discursos insinuam que o ministro da Justiça, Flávio Dino, sabia e teve responsabilidade em relação aos ataques, ocorridos apenas oito dias depois da troca de governo. Dino também é alvo de requerimentos de convocação.

A CPMI tinha reunião marcada para a última quinta-feira (1º), mas o encontro foi cancelado por conta da sessão do Senado para votar a medida provisória (MP) de reestruturação dos ministérios do governo Lula. Neste domingo (4), o presidente do colegiado publicou uma mensagem no Twitter contando sobre a intenção de intensificar as reuniões nas próximas semanas.

“Não tivemos reunião da CPMI do 8/1 na quinta passada por causa da sessão do senado federal no mesmo horário. Convoquei 2 sessões para próxima semana: terça aprovaremos o plano de trabalho; na quarta votaremos requerimentos. A partir daí teremos duas ou três reuniões semanais”, escreveu Arthur Oliveira Maia na rede social.

Por: O Tempo

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