COLUNA: PERSONA
Por: Amaury Oliveira
“Ainda estou aqui Rubens Paiva”
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro através da deputada Zeidan, vai agraciar a atriz Fernanda Torres com a Medalha Tiradentes, pela sua atuação no filme que tem a direção de Walter Salles “Ainda Estou Aqui’’ interpretando Eunice, esposa de Rubens Paiva. O filme é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva que relata a história a partir da prisão de seu pai, que foi Deputado Federal pelo PTB, cassado pela ditadura militar em 1964 no primeiro ato institucional feito pelo regime ditatorial. Rubens em 1971 foi preso, torturado e morto; após passar pelo auto exílio na Iugoslávia e França. A motivação principal que Rubens era ligado ao Carlos Lamarca, que no presente do então era o guerrilheiro mais procurado do país.
A contradição que Rubens vivia com o seu pai era que seu progenitor apoiava o golpe, inclusive foi prefeito pela segunda vez na cidade de Eldorado Paulista em 1968 pelo partido Aliança Renovadora Nacional. Dr. Jaime Paiva era também fazendeiro próspero.
No filme, a partir do desaparecimento do seu marido, Eunice Paiva após passar 12 dias presa, começou uma luta por anos para ter o reconhecimento da responsabilidade do Estado Brasileiro na morte de Rubens Paiva. A viúva voltou para São Paulo com a responsabilidade de criar os cincos filhos sem a presença do marido.
No filme é apresentado para os telespectadores o convívio de uma família classe média alta até a prisão de Rubens.
No governo de Fernando Henrique, em 1996, foi criado a lei dos Desaparecidos. Foi emitido atestado da morte de Rubens.
Em 2014 no governo Dilma Roussef, com a criação da Comissão da verdade foi desvendada a morte, o enterro, desenterro e o local no mar que foi jogada as ossadas de Rubens Paiva.
Com a grande aceitação do filme pelo público e a crítica, está sendo indicado para participar na pré lista concorrendo ao Oscar e Fernanda Torres para disputar na categoria de melhor atriz.
