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CIENTISTAS REFUGIADOS DESENVOLVEM PESQUISA NO RIO DE JANEIRO

Os projetos aprovados contemplaram áreas como as Engenharias, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra e Ciências Agrárias

 No Brasil, há aproximadamente 1,5 milhão de imigrantes, incluindo cerca de 700 mil refugiados ou solicitantes de refúgio de 163 nacionalidades diferentes. Em comemoração ao Dia Mundial do Refugiado em junho, a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), ligada à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, anunciou o lançamento da segunda edição do edital para pesquisadores de zonas de conflito, programado para o próximo mês.

O programa Luiz Pinguelli Rosa de Mobilidade e Instalação de Pesquisadores Originários de Regiões em Conflito em Instituições de Ciência e Tecnologia homenageia o falecido físico e professor emérito da Coppe/UFRJ, trazendo ao estado do Rio de Janeiro nove cientistas de áreas como Ucrânia, Rússia, Irã e Síria. Com um investimento de mais de R$ 10 milhões, a iniciativa ofereceu a cada pesquisador estrangeiro uma bolsa mensal de R$ 9 mil por até 12 meses, além de passagens, seguro viagem e um auxílio à pesquisa para o anfitrião, limitado a R$ 200 mil por projeto.

Os projetos selecionados abrangem diversas áreas, incluindo Engenharias, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, e Ciências Agrárias, distribuídas em instituições como UFRJ, UFF, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Inmetro e Instituto de Matemática Pura e Aplicada. Um dos beneficiários, Vladimir Alexandrovich Mironov da Rússia, está desenvolvendo bioimpressão 3D de cartilagem humana sob orientação do pesquisador José Granjeiro no Inmetro.

Outro bolsista, Siraj Salman Mohammad da Síria, está estudando na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro os efeitos antimicrobiano e anti-inflamatórios da pele de tilápias, obtendo resultados que superam em 30% a eficácia de produtos comerciais. Além disso, Mohammad Al Abed, também da Síria, trabalha no mapeamento da degradação do solo em diversas localidades fluminenses utilizando imagens de satélite e drones, em colaboração com o Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense.

Segundo Vânia Paschoalin, coordenadora da Assessoria de Relações Internacionais da Faperj, o programa proporcionou aos pesquisadores de regiões conflituosas a oportunidade de continuarem suas pesquisas em parceria com instituições científicas do Rio de Janeiro, contribuindo significativamente para a ciência e inovação tecnológica em benefício da sociedade fluminense.

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