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CHINA DEFINE REGRAS TEMPORÁRIAS PARA USO DA IA; VEJA 

Medidas passam a valer a partir de agosto 

Por Tamires Ferreira

A China emitiu, nesta quinta-feira (13), medidas provisórias para administrar o uso de inteligência artificial generativa (IA) no país. Segundo autoridades, as regras se aplicarão apenas a serviços oferecidos ao público e passam a valer em 15 de agosto. 

O que você precisa saber: 

  • As regras devem impactar apenas os produtos de consumo oferecidos ao público, já que o país quer apoiar o desenvolvimento da tecnologia, buscando assim um meio termo entre avanço e segurança (como a maioria dos países); 
  • A decisão chega após Pequim sinalizar o fim de sua repressão de anos à indústria de tecnologia; 
  • Vale lembrar, no entanto, que o ChatGPT não é permitido na China, com as regras valendo para empresas chinesas — e outras que o país venha autorizar;
  • A China vê a IA como uma área na qual deseja rivalizar com os Estados Unidos e na qual pretende se tornar líder mundial até 2030. 

Segundo a Reuters, as normas se baseiam em um escopo publicado em abril que exigia que as empresas apresentassem avaliações de segurança antes de lançar suas ofertas ao público. Os esforços consideram as preocupações de segurança e proteções de direitos autorais, além da garantia de um ambiente benéfico para a inovação.

Para alguns especialistas, a publicação das medidas coloca a China à frente da curva regulatória. 

A versão atual está muito alinhada com as expectativas do mercado. Isso envia um sinal positivo de que os reguladores estão abrindo caminho para que as empresas na China lancem seus produtos em larga escala. 

Kai Wang, analista da Morningstar. 

De acordo com a Administração do Ciberespaço da China (CAC), principal órgão de vigilância da internet do país, o conteúdo gerado pela IA generativa deve estar alinhado com os principais valores da China. Além disso: 

  • Provedores de serviços devem garantir que os direitos de propriedade intelectual não sejam infringidos. Fontes de dados legítimas devem ser usadas; 
  • As medidas não se aplicam àqueles que trabalham com tecnologia de IA generativa sem a intenção de oferecer serviços ao público chinês; 
  • O objetivo do país é incentivar o desenvolvimento da tecnologia, principalmente nas áreas de algoritmos de IA generativos e semicondutores, além de se envolver na elaboração de regras internacionais. 

As autoridades nacionais relevantes devem melhorar seus métodos de supervisão para que sejam científicos e compatíveis com a inovação e o desenvolvimento. 

Administração do Ciberespaço da China (CAC) em comunicado.

Diversas empresas chinesas de tecnologia, como Alibaba e Baidu, estão na corrida para desenvolver chatbots que sejam bons o suficiente para competir com o ChatGPT da OpenAI. Recentemente, o JD.com se tornou o último a entrar na disputa, lançando um modelo de linguagem voltado para empresas, o ChatRhino. 

Mais adiantado na corrida, nesta quinta-feira (13) o Google liberou a sua versão do ChatGPT para o Brasil, o chamado Bard.

Por: Olhar digital

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