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CELEBRIDADES MORTAS VOLTAM AO TRABALHO COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SEUS HERDEIROS FATURAM MILHÕES

Com o avanço da IA, estrelas como James Dean e Judy Garland agora estão “revivendo” suas carreiras ao narrar livros e outros conteúdos

Em uma era onde a tecnologia está ultrapassando fronteiras inimagináveis, o uso da inteligência artificial está ressuscitando as vozes de grandes ícones do cinema e da música. Estrelas falecidas como James Dean, Judy Garland, Laurence Olivier e Burt Reynolds voltaram a “trabalhar”, agora narrando livros e outros materiais textuais, graças à startup de clonagem de voz ElevenLabs. O projeto, batizado de “Iconic Voices”, utiliza inteligência artificial para recriar as vozes desses artistas, abrindo novas fontes de renda para seus espólios.

O projeto foi lançado em julho e já está movimentando milhões de dólares. De acordo com a Forbes, a empresa firmou acordos com os espólios de vários ícones de Hollywood para trazer suas vozes de volta à vida. A tecnologia permite que os fãs escutem, por exemplo, James Dean lendo o clássico The Legend of Sleepy Hollow ou que Judy Garland narre O Mágico de Oz—uma experiência que seria impossível antes do avanço da inteligência artificial. O aplicativo Reader da ElevenLabs permite que qualquer texto seja lido com essas vozes, o que significa que até mesmo sua declaração de impostos pode ser narrada por uma lenda do cinema.

A ideia de “reviver” celebridades mortas através de IA levanta discussões importantes sobre ética e uso da imagem póstuma. No entanto, do ponto de vista financeiro, os números são impressionantes. A capacidade de gerar novas receitas para os espólios desses artistas está se mostrando altamente lucrativa, ao mesmo tempo em que proporciona uma experiência nostálgica única para os fãs, segundo reportagem da Bloomberg.

Segundo os especialistas do setor, o uso de vozes clonadas por IA pode se tornar cada vez mais comum, não apenas para entretenimento, mas também em outros setores, como educação e publicidade. Para as famílias e os detentores dos direitos desses artistas, essa é uma maneira de manter viva a relevância de suas obras, além de gerar consideráveis receitas.

Essa iniciativa também abre precedentes para novas colaborações póstumas. É possível imaginar futuras produções onde a voz de ícones como Marilyn Monroe ou Freddie Mercury poderia ser usada em projetos inteiramente novos, sem a necessidade de gravações originais.

A ElevenLabs não é a única empresa que está explorando essa nova fronteira tecnológica. Outros projetos similares estão em andamento, e parece ser apenas uma questão de tempo até que mais celebridades voltem ao “trabalho”, mesmo após a morte.

Essa convergência entre tecnologia e legado artístico marca o início de uma nova era na forma como consumimos cultura e entretenimento. O futuro pode reservar ainda mais surpresas para os fãs, que poderão ouvir, por exemplo, a voz de seus ídolos favoritos em contextos totalmente novos e inesperados.

A inteligência artificial está transformando o legado de artistas falecidos em um recurso lucrativo e em uma forma de eternizar suas carreiras. A polêmica, no entanto, persiste: até que ponto a clonagem de vozes respeita o verdadeiro legado dessas lendas? Enquanto essa discussão continua, uma coisa é certa: o apelo nostálgico e o potencial financeiro dessa tecnologia são inegáveis.

Por247

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