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CASTRO DIZ QUE ATUAL SISTEMA TRIBUTÁRIO “ARRANCA DE QUEM PRODUZ”

Para o governador do Rio, no entanto, reforma não pode se transformar em uma guerra de “nós contra eles” dos Estados

O governador do Rio Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), afirmou ontem (21) que o atual sistema tributário onera muito “quem produz” e não contribui para emancipar financeiramente os beneficiários das transferências da União.

“Quando você tem uma região [Sul e Sudeste] de sete estados que representam 70% do PIB, 80% da arrecadação […] você percebe que o sistema tributário está arrancando demais de quem produz e não gerando a emancipação de quem recebe transferências da União”, disse, em evento da FGV (Fundação Getulio Vargas) sobre a reforma tributária, no Rio de Janeiro.

Ao falar sobre o tema, o governador pediu que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não deixasse o projeto se tornar uma guerra de “nós contra eles”. Ele fazia referência à polêmica causada pelas falas de Romeu Zema (Novo-MG), governador de Minas Gerais, ao jornal O Estado de S. Paulo no começo de agosto. Na entrevista, Zema comparou o Nordeste a uma “vaquinha que produz pouco”.

“A gente tem que olhar para o Brasil que cresce junto. Mas não adianta continuar numa lógica que quebra quem produz e não emancipa quem precisa de transferência”, defendeu Castro.

“MAIS CEDER DO QUE CONQUISTAR”

Pacheco afirmou, durante o encontro, que os entes federativos serão ouvidos pelo Senado, mas pediu uma mentalidade de “mais ceder do que conquistar”.

“É bom que todos tenham essa compreensão: nós temos que ter a lógica de mais ceder do que conquistar. Vamos ceder um pouco mais do que pretender conquistar mais direitos, mais prerrogativas, porque, se não, as contas não fecham. Cedendo um pouco, podemos ter um sistema tributário mais claro, mais unificado, mais transparente”, disse Pacheco.

Ao longo do discurso, o presidente da Casa afirmou que não pretende “sacrificar nenhum setor ou ente federativo” enquanto a medida estiver em discussão.

“Há uma prioridade natural de ouvir os Estados, o DF e os municípios. Da nossa parte, não haverá nenhum prejuízo a esses entes na discussão”, afirmou o senador, ao relembrar que os representantes de estados e municípios poderão comentar a reforma em sessão no plenário em 29 de agosto.

Por Poder360

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