Câncer de mama: tratamento sem quimio funciona contra tumor agressivo
Durante a ASCO 2023, pesquisadores apresentaram estudo que sugere forma de tratamento menos tóxica para pacientes com câncer de mama HER2+
Chicago – Um estudo espanhol mostra que um terço dos pacientes com um tipo agressivo de câncer de mama – que, geralmente, é tratado com quimioterapia – pode se recuperar da doença com a combinação de dois medicamentos menos tóxicos, o que diminui os efeitos colaterais sentidos pelas pacientes.
A descoberta foi apresentada, na sexta-feira (2/6), durante o congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), em Chicago, nos Estados Unidos. O encontro da Asco é anual e reúne os maiores especialistas em câncer do mundo.
A quimioterapia é uma estratégia importante para o tratamento de tumores malignos, mas tem alta toxicidade para o organismo do paciente. Oncologistas de diferentes áreas estudam novos métodos para derrotar o câncer utilizando menos remédios.
Como foi feito o estudo
Na fase 2 do estudo PHERGain, pesquisadores do Centro Internacional de Câncer de Mama (IBCC) e da Medica Scientia Innovation Research (MEDSIR) recrutaram 356 pacientes adultas com câncer de mama do subtipo HER2+ operável, entre junho de 2017 e abril de 2019. As voluntárias estavam em estágio inicial da doença, de 2 a 3.
Os pesquisadores avaliaram a viabilidade de um tratamento sem a quimioterapia, baseado na combinação dos medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe para bloquear a proteína HER2, relacionada ao desenvolvimento do tumor agressivo.
As participantes foram divididas em dois grupos. O grupo A recebeu uma combinação de quimioterapia e dos medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe, enquanto o B se concentrou em duas rodadas do uso dos medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe. Para as mulheres do segundo grupo, caso os resultados iniciais fossem positivos, elas passariam por mais seis rodadas do mesmo tratamento.
Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal de câncer de esôfago DjelicS/ Getty Images
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação boonchai wedmakawand
Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença Phynart Studio/ Getty Images
A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: câncer no estômago, pulmão, pâncreas, etc. Flashpop/ Getty Images
Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago FG Trade/ Getty Images
A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo de câncer no pulmão South_agency/ Getty Images
Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido Peter Dazeley/ Getty Images
A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados RealPeopleGroup/ Getty Images
Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos ljubaphoto/ Getty Images
Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal de câncer de esôfago DjelicS/ Getty Images
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação.
Sem recidivas
Ao final da terapia, as voluntárias passaram por um exame PET scam, de rastreamento da doença. Os dados mostram que 95,4% das pacientes tratadas com os medicamentos e sem a quimioterapia não tiveram recidiva do câncer três anos depois.
“Essa estratégia identifica que cerca de uma em cada três pacientes com câncer de mama inicial HER2[+] pode omitir com segurança a quimioterapia, reduzindo a toxicidade do tratamento”, afirmou o principal autor do estudo, Javier Cortes.
A repórter Bethânia Nunes viajou para Chicago, nos Estados Unidos, a convite da Bayer.
Por: Metrópoles