BOMBA-RELÓGIO, DELGATTI PODE COLOCAR EM DELAÇÃO CÚPULA DAS FORÇAS ARMADAS NO ROTEIRO DO GOLPE
O hacker está disposto a falar e sua delação já está sendo costurada em Brasília
A iminente delação premiada de Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, está gerando apreensão dentro do círculo bolsonarista, especialmente entre os militares, devido aos detalhes que envolvem a participação deles na trama golpista, revela o G1. O advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, revelou que seu cliente teria sido contatado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para integrar uma comissão de militares encarregada de supervisionar as urnas eletrônicas.
A informação de que Delgatti participou de uma reunião no Ministério da Defesa e teria elaborado as perguntas de militares enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está agitando os bastidores de Brasília, especialmente entre os oficiais alinhados com Bolsonaro.
Caso sejam comprovadas, essas revelações não apenas poderiam criar um escândalo político, mas também arrastariam para o epicentro do debate sobre a tentativa de golpe a cúpula militar que esteve ao lado de Bolsonaro durante o período eleitoral.
A delação de Delgatti ainda está sendo negociada em Brasília e depende da aprovação da Procuradoria-Geral da República, sob a liderança de Augusto Aras, devido à possível implicação de parlamentares como, Zambelli.
O depoimento de Delgatti à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas estava inicialmente agendado para esta quinta-feira (10), mas foi adiado com o propósito de permitir que ele reserve detalhes cruciais para uma eventual colaboração premiada.
Por 247