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BNDES APROVA FINANCIAMENTO DE R$ 7,3 BI PARA NOVA FASE DA RIO-TERESÓPOLIS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 7,3 bilhões para a EcoRioMinas – concessionária responsável pela operação do antigo trecho da Rio-Teresópolis, do Arco Metropolitano do Rio e do trecho da BR-116 que se estende até Governador Valadares (MG), somando 727 quilômetros de rodovias.A informação é do jornal O Globo. 

A Rio-Teresópolis integrou a primeira leva de privatizações de rodovias federais, ocorridas na década de 1990. Com o término do contrato original, o governo de Jair Bolsonaro (PL) optou por licitar uma nova concessão, agora com trechos ampliados, leiloada em maio de 2022. Na ocasião, o projeto previa investimentos na ordem de R$ 11,3 bilhões, mas o comunicado do BNDES projeta aportes que podem chegar a R$ 15 bilhões até 2030.Play Video

A operação, de acordo com a reportagem, contempla a duplicação de aproximadamente 300 quilômetros e a construção de vias adicionais em outros 255 quilômetros, o que deve gerar cerca de 24 mil empregos diretos e indiretos. Outro destaque é a adoção da tecnologia freeflow na Região Metropolitana do Rio, sistema de cobrança automatizada que elimina a necessidade de cabines ou cancelas, modernizando a infraestrutura e agilizando o fluxo de veículos.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o financiamento foi estruturado com “apoio de bancos privados”. Dos R$ 7,3 bilhões aprovados, R$ 663 milhões correspondem a crédito bancário, enquanto os R$ 6,6 bilhões remanescentes serão captados por meio de diversas emissões de títulos de dívida. Caso a procura dos investidores privados seja insuficiente, o banco se compromete a adquirir os papéis, como já evidenciado na primeira oferta, realizada no último dia 20, na qual foram ofertados R$ 1,35 bilhão, dos quais o BNDES ficou com metade.

Uma das vantagens de recorrer ao financiamento via títulos de dívida, método cada vez mais adotado pelo BNDES, reside na flexibilidade de repassar os recursos conforme o andamento dos investimentos. Diferentemente dos empréstimos, que são liberados gradualmente ao longo de anos, a emissão de títulos permite ao banco atuar como investidor e, posteriormente, revender esses papéis, liberando capital para novas operações. Em situações em que o montante exige mais de uma oferta – como no caso da EcoRioMinas – o repasse pode ocorrer de forma escalonada ao longo do tempo, contando também com a participação de outros investidores, como gestoras de recursos, fundos de investimento e bancos.

A ampliação desse mecanismo financeiro foi viabilizada após o BNDES ter recebido, em 2021, autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para coordenar ofertas desse tipo de papel. Na operação da EcoRioMinas, o banco atuou em conjunto com o BTG Pactual e o Bradesco, consolidando uma estratégia que alia recursos públicos e privados para impulsionar investimentos em infraestrutura.

Em nota, a EcoRodovias, que controla 11 concessões rodoviárias e administra um total de 4,8 mil quilômetros de estradas afirmou que “a parceria com o BNDES foi essencial para viabilizar uma solução financeira customizada”.

por 247

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