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BACELLAR CHAMA PAES DE VAGABUNDO EM SESSÃO: ‘NINGUÉM AQUI FAZ EXTORSÃO MUITO MENOS AMEAÇA’

Reação se dá depois de prefeito fazer acusações em entrevista ao GLOBO. Paes foi às redes para rebater, e presidente da Câmara Municipal também se defendeu

O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), reagiu às declarações do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), de que a Casa faria “ameaças” e “extorsões” na relação com o governador Cláudio Castro (PL). A acusação do prefeito reeleito, que também associou quadros da política fluminense ao grupo mafioso Cosa Nostra, foi feita em entrevista ao GLOBO. Ao abrir a sessão desta quinta-feira (10) na Assembleia, Bacellar chamou Paes de “vagabundo”.

Entrevista: ‘Quem tentou duas vezes não pode dizer que não quer ser governador’, admite Eduardo Paes
— Não confunda seu presidente (da Câmara, Carlo Caiado) com a minha pessoa. Não sou subserviente nem a meu próprio pai ou ao meu filho. É muito grave um vagabundo chamado Eduardo Paes acusar o parlamento de extorsão. Vai trabalhar que a eleição já passou. Não me confunda com Ramagem ou com ninguém — disse o comandante da Alerj, que também preside o União no estado.


Em outro momento, Bacellar pediu para Paes fazer críticas “na cara dele”, não via jornal.

— Não fujo de ninguém, não mando recado, não sou tuiteiro, menina de recado ou blog de jornal. Cite meu nome e me acuse, mas respeite o parlamento porque ninguém aqui faz extorsão, muito menos ameaça. O parlamento não é puxadinho do governo na minha presidência, igual a Câmara é da prefeitura.

Presidente da Alerj, Bacellar reage e chama Paes de ‘vagabundo’
Presidente da Alerj, Bacellar reage e chama Paes de ‘vagabundo’

Bacellar negou que tenha interesse em disputar o governo do estado em 2026. Paes, cotado para o cargo, também refuta a ideia por enquanto. Ao comentar o cenário, o deputado disse que é uma pena que não dispute a eleição, porque “gostaria muito de confrontar esse rapaz”. Alegou ainda que o prefeito “gosta de uma promiscuidade”.

Sobrou até para aliados de Paes na esquerda, que, segundo o deputado, foram criticados em uma reunião reservada pelo prefeito.

— Ele foi ajoelhar no chão e me cumprimentar no Palácio Tiradentes, eu mandei que levantasse. Depois me chamou para almoçar no dia seguinte do lançamento de [Rodrigo] Amorim e de [Fred] Pacheco (ex-candidatos a prefeito do Rio e vice, respectivamente) e meteu a porrada no PT, no Lula e em Ceciliano — alegou.

Tréplica
Depois dos ataques de Bacellar, Paes foi ao X e publicou uma tréplica.

“É isso mesmo: essa gente lá e eu cá! A ‘cosa nostra’ vai se agitar! Eles sabem a que me refiro! Enfrente-os governador! O Rio agradece!”, escreveu o prefeito.

O presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD), também se defendeu. Ao dizer que recebeu “com surpresa” as críticas de Bacellar, alfinetou o chefe da outra casa legislativa.

— Acho que ele não sabe exatamente a diferença entre ser aliado e subserviente. Sim, aqui no município, o Legislativo e o Executivo andam juntos, sempre pensando no bem do povo. Por isso, a capital é superavitária — apontou. — Mas, se existe uma coisa que concordo com Bacellar, é quando ele diz que somos diferentes. Somos, e muito. De mim, o que o povo do Rio pode esperar é espírito público e muito trabalho. Se o presidente do Legislativo estadual não consegue trabalhar desta forma, sugiro que ele aja como todo político deva agir: de forma democrática, sem traições.

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