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AVANÇO DA AGENDA INTERNA PODE PROTEGER ECONOMIA BRASILEIRA DE CENÁRIO EXTERNO, DIZ HADDAD

Haddad afirmou que fatores externos podem ajudar a acelerar a aprovação de matérias importantes para o governo no Congresso

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que reconhece a existência de um cenário externo desafiador, que inclui a recente escalada do conflito israelo-palestino no fim de semana, mas destacou que o avanço da agenda econômica interna deve proteger a economia brasileira de possíveis desdobramentos.

Durante entrevista coletiva, em São Paulo, Haddad afirmou que fatores externos podem ajudar a acelerar a aprovação de matérias importantes para o governo no Congresso e enfatizou que o planejamento da equipe econômica possibilita que não haja preocupações com a economia do país.

“Com o cenário externo se complicando como está, o nosso desafio aqui é fazer a nossa agenda interna evoluir o mais rápido possível para proteger a economia brasileira”, disse Haddad.

“Quanto mais desafiador o cenário externo, maior pressa de nós endereçarmos os assuntos internos”, acrescentou.

Ao longo do fim de semana, o grupo militante palestino Hamas lançou a maior ofensiva em décadas contra o território de Israel próximo à fronteira com a Faixa de Gaza. Os ataques geraram fortes retaliações do lado israelense e temores de possíveis impactos no cenário geopolítico do Oriente Médio.

Nesta segunda-feira, os preços do petróleo, commodity fundamental para a economia de muitos países da região, saltavam perto de 4%, revertendo as quedas vistas na semana passada.

Haddad afirmou que não se pode tomar decisões “precipitadas” com base em fatores “voláteis”, como os preços do petróleo, e sinalizou que é necessário aguardar os demais desdobramentos dos conflitos em Israel.

“Temos que aguardar. Essas coisas são muito voláteis… A pior coisa que pode acontecer é você tomar decisões precipitadas que podem colocar em risco uma política. Então, vamos avaliar e ver como esse episódio se desdobra.”

O ministro ainda voltou a mencionar a taxa de juros alta nos Estados Unidos e a desaceleração da China como outros fatores a serem reconhecidos no cenário externo.

Por Reuters/247

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