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ASSOCIAÇÕES ENTRAM NO EMBATE SOBRE VENDA DE MEDICAMENTOS EM SUPERMERCADOS

A Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) repudiou a proposta de liberação da venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em redes de supermercados.

De acordo com o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, “aprovar MIPs em supermercados, apenas para lhes dar mais uma categoria de vendas, é ferir de morte todo um contingente de famílias e colocar o equilíbrio econômico de um setor que funciona bem e é muito respeitado em todo o mundo em risco”.

A instituição disse que é “falacioso” o argumento de que os supermercados venderiam medicamentos com preços até 35% mais baixos. “Nós monitoramos preços de mais de 1.000 itens comuns a farmácias e supermercados, e esses estabelecimentos vendem mais caro em 50% das vezes. Por que, então, já não vendem mais barato itens como fraldas, cotonetes, tinturas e outros?”, afirmou Barreto, segundo a coluna Capital S/A.

A Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) defendeu a proposta como alternativa para ajudar a diminuir a inflação. “Todo remédio no Brasil conta com a supervisão de um farmacêutico. Incluímos em nosso projeto a proposta de contratação de farmacêuticos para esclarecer quaisquer dúvidas dos consumidores”, afirmou. “A nota da Abrafarma causa estranheza, especialmente pelo tom agressivo em relação ao mercado. Esquece que as farmácias vendem remédios online e fazem entrega a domicílio. Por que as farmácias podem vender remédios sem receita via online e os supermercados não podem vender remédios sem receita de forma presencial?”, questionou.

“Nos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Japão, Canadá e Suíça, há muito tempo é permitida a venda de remédios sem receita nos supermercados. Enquanto a Abrafarma, conforme sua própria nota, está preocupada em manter a reserva de mercado e, consequentemente, o lucro das farmácias, a Abras está comprometida em defender os interesses dos consumidores.”

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