APÓS ATAQUE IRANIANO, ISRAEL RETOMA BOMBARDEIOS A GAZA
Exército israelense diz que não perdeu de vista sua “missão essencial”, que é salvar os reféns detidos pelo Hamas
As FDI (Forças de Defesa de Israel) voltaram a atacar nesta 2ª feira (15.abr.2024) a Faixa de Gaza depois que uma ofensiva iraniana foi lançada sob o território israelense no final de semana.
“Apesar dos ataques do Irã, não perdemos de vista, nem por um momento, a nossa missão essencial em Gaza, que é salvar os nossos reféns detidos pelo Hamas”, disse o porta-voz das FDI, Daniel Hagari.
Conforme as autoridades israelenses, os reféns raptados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro a Israel estão detidos em Rafah, no extremo sul de Gaza.
Também nesta 2ª feira (15.abr), a Defesa de Israel voltou a dizer para os moradores de Gaza não voltarem para o norte da região. Segundo o porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, o norte segue sendo uma “zona de combate perigosa”.
O número de palestinos mortos desde o início da guerra é de 33.797, segundo a Al Jazeera, emissora estatal da monarquia do Qatar, a partir de dados do Ministério da Saúde da Palestina, controlado pelo Hamas. Outras 76.465 pessoas ficaram feridas desde outubro. Os dados não são verificados.
IRÃ X ISRAEL
O ataque iraniano de 13 de abril de 2024 era esperado. O país havia prometido retaliar os israelenses pelo bombardeio que matou 8 pessoas na embaixada do Irã em Damasco (Síria), em 1º de abril, incluindo um general da Guarda Revolucionária. Os países culparam Israel, apesar de o país não ter assumido a responsabilidade.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, cerca de 300 drones e mísseis foram lançados pelo Irã. Israel afirma que caças do país e de aliados, como EUA e Reino Unido, e o sistema de defesa Domo de Ferro interceptaram 99% dos alvos aéreos.
A seguir, leia mais sobre o ataque e seus reflexos:
o que disse Israel – que responderá na hora certa;
o que disse o Irã – que agiu em legítima defesa;
reações pelo mundo – o G7, grupo com 7 das maiores economias do planeta, condenou o ataque “sem precedentes” e reforçou seu compromisso com a segurança de Israel;
reação do Brasil – o Itamaraty disse acompanhar a situação com “preocupação” e não condenou a ação iraniana;
Brasil decepcionou – o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse ao Poder360 que ficou desapontado com a nota brasileira;
Brasil acertou – já para o ex-ministro e diplomata de carreira Rubens Ricupero, o Itamaraty acertou no tom. Falou ao Poder360 que não há motivos para o país “tomar uma posição de um lado ou de outro”;
impacto no petróleo – uma possível guerra entre Irã e Israel deve fazer o preço da commodity subir e pressionar a Petrobras a aumentar combustíveis;