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ANIVERSÁRIO DE EMANCIPAÇÃO DE SÃO JOÃO DE MERITI – 76 ANOS

O mundo ainda sentia os efeitos do fim da Segunda Guerra Mundial quando, em 1947, ocorreu a emancipação política e administrativa de São João de Meriti, sendo criada assim, a cidade de São João de Meriti, por meio da Lei nº 6, pelo Projeto nº 132/47, do Deputado Lucas Andrade Figueira.

Parabéns a cidade de São João de Meriti, pela sua emancipação, uma cidade com muitas histórias e com uma sociedade plural, acolhedora, guerreira e trabalhadora. O povo meritiense tem como inspiração, sua própria história da cidade, e a cidade traduz o seu povo, São João de Meriti, é uma cidade acessível, tem o modal ferroviário e rodoviário que corta a cidade, está apenas 27 Km da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Conhecida mundialmente como formigueiro das Américas pela sua densidade demográfica, São João de Meriti pela sua particularidade é uma cidade impar que merece a nossa homenagem contando um pouco a sua história.

Sua história remonta à primeira comunidade chamada Trairaponga, onde a Igreja de São João Batista de Trairaponga foi construída. A igreja, porém, entrou em ruínas com o tempo, levando à construção de uma pequena capela mais próxima ao rio Miriti. Esse evento marcou a mudança do nome da região para Freguesia de São João de Meriti.

Na segunda metade do século XVII, foi erguida a Igreja de São João Batista de Meriti, no local onde hoje se encontra a Igreja de Santa Terezinha, no Parque Lafaiete, em Duque de Caxias. A região cortada pelos rios Sarapuí, Meriti e Pavuna, anteriormente conhecida como Freguesia de Meriti, foi um importante centro agrícola nos séculos XVII e XVIII, destacando-se na produção de milho, mandioca, feijão e açúcar.

Ao longo do tempo, São João de Meriti passou por transformações políticas. Em 1833, a Vila Merity foi incorporada à Vila de Iguassu e depois a Maxabomba, atual Nova Iguaçu.

No ano de 1947, o município de São João de Meriti foi criado, após ter sido uma das freguesias mais antigas de Nova Iguaçu, junto com outras como Vila da Estrela, Vila Inhomirim, Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Conceição do Marapicu e Santo Antônio de Jacutinga.

A região experimentou um período de relevância econômica durante o século XVIII, com portos responsáveis pelo escoamento da produção agrícola e pela recepção de produtos importados. As localidades de Pavuna e Meriti também funcionavam como acessos fundamentais para a Baixada, tanto por suas vias fluviais quanto por suas rotas terrestres.

O rio Miriti, de grande importância para o desenvolvimento local, perdeu sua navegabilidade no século XIX, marcando um período de declínio para toda a região. No início do século XX, a expansão da estrada de ferro desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da área, sendo utilizada para o transporte dos tubos d’água que construíram a adutora ligando a represa Rio D’Oro à cidade do Rio de Janeiro. Pequenas chácaras produtoras de frutas e hortaliças também surgiram nesse período, abastecendo a capital.

Os anos 30 e 40 do século XX foram marcados por migrações populacionais significativas de diferentes partes do Brasil. O boom populacional começou na década de 40, e o município de São João de Meriti passou a abrigar cada vez mais habitantes. Em 1960, a população era de 191.734 pessoas, e em 2000, atingiu 450.000 habitantes, um crescimento muito além dos padrões normais. De acordo com o IBGE, a cidade tem uma população estimada em 473.385 mil habitantes, que ocupam uma área territorial de 35.216 km², o que eleva a cidade ao patamar de maior adensamento populacional de toda a América Latina, fato este que rendeu ao município o apelido de “Formigueiro das Américas”.

Esse crescimento acelerado trouxe desafios sérios em termos de planejamento urbano e aplicação de políticas públicas. A falta de infraestrutura adequada, recursos limitados e políticas populistas complicaram a situação. O desenvolvimento contrastava com a capacidade limitada de fornecer saneamento, asfaltamento, serviços de saúde, educação e habitação.

Em meados do século XX, o município enfrentou instabilidade políticas, com episódios de disputas por legitimidade entre prefeitos interinos. O cenário só foi resolvido com a intervenção da Assembleia Legislativa.

São João de Meriti também testemunhou uma onda de imigrantes, incluindo portugueses, italianos, judeus, sírios e libaneses. Famílias notáveis como Sendas, Valadão, Rasuck, Benedito Amaro, Telles de Menezes e Paulucci tiveram papel relevante na vida social, empresarial e política da cidade.

Hoje, o município ainda luta para mudar a imagem de cidade-dormitório. Sua história é uma narrativa de mudanças, desafios e crescimento populacional exponencial, influenciada por migrações, política e transformações socioeconômicas.

Por Alexandre França com informações do Bravabaixada.com

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