O maior festival da cultura negra do estado do Rio de Janeiro, o “Viva Zumbi”, acontece neste domingo (17), em Niterói, no Caminho Niemeyer, a partir das 10h. A festividade celebra a ancestralidade e a cultura do povo negro por meio de expressões artísticas como capoeira, literatura, música, debates, tendas temáticas com oficinas, além da feijoada.
Em sua 15º edição, o festival tem como mote “Racismo Ambiental, Ancestralidade, Futuro e Ambiente”. No espaço, temas como as políticas ambientais e os impactos dos desastres ambientais para as populações negras e periféricas serão abordados. A entrada é gratuita mediante a doação de alimentos não-perecíveis, sem contar açúcar e sal.
Em nota à imprensa, a idealizadora do evento e deputada estadual, Verônica Lima (PT), ressaltou a importância de manter o Viva Zumbi alinhado com as pautas sociais emergentes. “O racismo ambiental é o tema desta edição, e não podemos fechar nossos olhos para o que está acontecendo. Será um dia de festa, celebração e resistência!”, afirmou.
O festival também vai contar com diversas atrações musicais. Entre elas, estão o cantor Xande de Pilares e o rapper BK, que serão as grandes atrações da noite. A Escola de Samba Grande Rio, a artista DJ Tamy, o grupo Awure e outros artistas locais também fazem parte da programação.
“Ser escolhido para ser atração principal de um dos maiores eventos da cultura preta do Rio é muito gratificante, é algo que me deixa muito orgulhoso. Orgulhoso da minha história, do samba, da família que tenho, dos lugares pelos que passei, do meu lugar de nascimento”, afirmou, em nota, o cantor Xande de Pilares.
O evento é organizado pelo Instituto Casa da Utopia, em parceria com diversas entidades e movimentos sociais e apoio da Prefeitura de Niterói. Após anúncio de que o evento aconteceria em 20 de novembro, a organização ressaltou que a celebração precisou ser remarcada devido a questões meteorológicas.
“O Viva Zumbi é o maior encontro preto do estado. Sinto-me em um verdadeiro quilombo. Repleto de diversidade negra, vários estilos, gostos, sabores e saberes. Um dia de celebrar nossa beleza mas também a nossa luta! Nossa emancipação não veio das mãos da branquitude, mas sim das nossas mãos negras, de Dandara, de Zumbi! Nós somos o legado de Zumbi! E no Viva a gente deixa isso muito nítido!”, ressaltou a organizadora Rebecca Vieira.