VEREADORES DE BELFORD ROXO REJEITAM CONTAS DO PREFEITO WAGUINHO E O TORNAM INELEGÍVEL

A Câmara de Vereadores de Belford Roxo decidiu na terça-feira (26) rejeitar as contas de 2022 do mandato do prefeito Wagner Carneiro, conhecido como Waguinho. Com essa decisão, o atual gestor, que já responde a um processo de impeachment, tornou-se inelegível por oito anos, conforme prevê a legislação em casos de rejeição de contas pelo Poder Legislativo.
Dos 25 vereadores do município, apenas os 13 parlamentares da oposição participaram da votação, seguindo a recomendação do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) para reprovar a prestação de contas de Waguinho. A ausência dos 12 vereadores aliados ao prefeito foi notada e gerou controvérsia, especialmente porque, segundo a Presidência da Câmara, alguns desses parlamentares podem perder seus mandatos devido ao excesso de faltas nas sessões.
O Supremo Tribunal Federal (STF) reforçou em setembro a interpretação de que gestores públicos que tiverem suas contas reprovadas pelos legislativos locais ficam proibidos de concorrer a cargos eletivos, o que agora se aplica diretamente ao caso de Waguinho.
A situação política do prefeito deve se agravar nos próximos dias, já que a Câmara Municipal também deve votar um pedido de impeachment contra ele. O processo foi iniciado após uma denúncia protocolada por um morador, que apontou irregularidades na gestão das contas públicas e nos serviços essenciais prestados pelo município. Esse pedido ganhou força após a reprovação das contas, aumentando a pressão sobre o chefe do Executivo.
Além da situação de Waguinho, o cenário político em Belford Roxo é tumultuado também entre os vereadores. A Presidência da Câmara informou que os 12 parlamentares da base aliada do prefeito excederam o limite de faltas previsto na Constituição. Destes, cinco vereadores acumulam o maior número de ausências e podem ter seus mandatos cassados já nesta quarta-feira (27), caso a decisão seja confirmada.
A ausência desses vereadores nas sessões, especialmente em uma votação tão crucial como a das contas do prefeito, levanta questionamentos sobre o comprometimento da base governista com as responsabilidades legislativas. A possibilidade de perda de mandato dos aliados representa mais um desdobramento relevante na crise política que atinge Belford Roxo.
Essa sequência de eventos deixa o cenário político da cidade ainda mais instável. Caso o pedido de impeachment seja aprovado, a administração municipal poderá passar por uma reviravolta, com mudanças na liderança e, possivelmente, em sua equipe de governo. Enquanto isso, a população de Belford Roxo observa atentamente os desdobramentos, que impactam diretamente a gestão dos serviços e recursos públicos do município.

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