Bloco europeu busca fortalecer relações econômicas globais diante do isolamento prometido pelo novo presidente dos EUA
A União Europeia (UE) e a Malásia anunciaram, nesta segunda-feira (20), a retomada das negociações para um acordo de livre comércio, após mais de uma década de paralisação. O anúncio ocorre em um contexto de incertezas globais, acentuadas pela posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, destaca o Uol. A postura protecionista e as ameaças de tarifas comerciais pesadas por parte do novo governo norte-americano têm impulsionado o bloco europeu a expandir parcerias econômicas pelo mundo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfatizou a importância geopolítica do avanço nas negociações. “Esta excelente notícia chega em um momento crítico. As dificuldades geopolíticas estão aumentando e o risco de instabilidade também está crescendo”, afirmou. Von der Leyen ressaltou o contraste entre as estratégias da UE e a política isolacionista sinalizada pelos EUA. “Enquanto alguns se voltam para dentro, em direção ao isolamento e à fragmentação, Europa e Malásia escolhem um caminho diferente.”
O primeiro-ministro da Malásia, Anwar bin Ibrahim, também celebrou o anúncio, classificando-o como “uma prova de nossa visão compartilhada de colaboração econômica e nossa aspiração mútua de desbloquear o potencial de parcerias comerciais e de investimento”.
Autoridades da UE explicaram que o relançamento das negociações com a Malásia é parte de uma estratégia mais ampla de fortalecimento de laços econômicos globais. Na última sexta-feira (17), o bloco europeu anunciou um acordo comercial com o México, um sinal claro de que busca consolidar relações antes que medidas protecionistas de Trump impactem o comércio internacional.
O acordo com a Malásia, se concretizado, pode abrir novos mercados e reforçar as parcerias econômicas no sudeste asiático, em um momento em que o cenário global enfrenta maior instabilidade. A retomada é vista como uma resposta direta ao novo contexto geopolítico e à necessidade da UE de assegurar seu papel de liderança no comércio global.
Por Brasil 247