O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitará a Casa Branca na próxima sexta-feira (28) para firmar um acordo crucial sobre minerais de terras raras, informa o Metrópoles. Esse pacto seria uma forma de pagamento pela assistência militar dos EUA à Ucrânia no combate à invasão russa. A visita e a assinatura do acordo acontecem em meio à crescente pressão dos Estados Unidos para que a Ucrânia aceite o compromisso, que envolve um valor substancial.
Durante a sua declaração, Trump afirmou: “Ouvi dizer que ele virá na sexta-feira […] Certamente, está tudo bem para mim, se ele quiser. E ele gostaria de assinar isso junto comigo. Eu entendo que isso é um grande negócio, um grande negócio.”
Em sua fala, Trump também reiterou a relevância do apoio militar dos Estados Unidos à Ucrânia, destacando que, sem essa ajuda, “esta guerra teria terminado em um período muito curto de tempo”. O acordo entre os dois países prevê que a Ucrânia forneça minerais raros como pagamento, uma prática que se alinha à estratégia do governo dos EUA de acessar recursos vitais para áreas como energia, medicina nuclear e outras tecnologias avançadas.
Entretanto, a proposta tem gerado controvérsias. Zelensky revelou que os Estados Unidos estão pressionando a Ucrânia a aceitar um acordo no valor de mais de US$ 500 bilhões, um valor que, segundo ele, representaria uma dívida onerosa para o país. O presidente ucraniano afirmou que esse montante poderia sobrecarregar “10 gerações” de ucranianos, gerando um peso significativo para a economia do país.
De acordo com o World Mining Data de 2024, a Ucrânia ocupa a 40ª posição mundial entre os países produtores de minerais, considerando todas as categorias, incluindo carvão. O país ainda enfrenta desafios em expandir sua produção desses recursos, mas a assinatura deste acordo com os EUA pode alterar a dinâmica econômica e geopolítica da região. Na semana passada, Zelensky havia revelado que negociadores ucranianos e norte-americanos estão trabalhando em um rascunho de um acordo.
por Otávio Rosso – 247