Sem o Teatro Municipal João Caetano, fechado para obras há dez anos, músicos apaixonados por música instrumental e pela liberdade que as ruas proporcionam, Gabriel Berriel, Nancy Silva e Adão Roza se uniram para criar o Sonora Pedra Bonita. O desejo dos artistas é ativar o local artisticamente e reinvindicar a abertura do teatro. Mas o trio faz questão de avisar que, as apresentações acontecem somente aos domingos, às 16h, caso não chova.
“O Sonora Pedra Bonita tem como intuito interferir artisticamente em ambientes externos da cidade, como um ponto de cultura ambulante. A iniciativa, de nós idealizadores, é reunir músicos de sopros e percussão para tocar nas ruas da cidade e fazer interferências musicais para difundir musicalidade, alegria, vivacidade e fomento cultural também”, contou Adão Roza, de 61 anos, que toca baixos, tuba, teclado, percussão e no projeto Sonora Pedra Bonita apenas trombone.
Apreciado pelo repertório que é, naturalmente de música instrumental, no seu mais amplo espectro, o Sonora Pedra Bonita emana expressões culturais diversificado.
“O local de encontro é no Centro Cultural de Itaboraí onde é óbvio, emblemático e icônico, pois dali devem emanar naturalmente as expressões culturais, mas estão sempre em vista todos os outros espaços ao ar livre da cidade. O Sonora é bem recente, mas independente e persistente. Um dos objetivos é dar luz ao abandono do teatro e colaborarmos para que seja reativado”, finalizou.
No entanto, a Prefeitura de Itaboraí é, na opinião do músico, quem vem desafinando nas notas musicais para a população em relação a abertura do Teatro João Caetano.
“O local está em ruínas, sem telhado, chovendo dentro e, imaginamos que muita coisa lá dentro, tenha deteriorado e sido perdida. Uma tristeza, para quem é fazedor e consumidor de cultura”, lamentou Adão.
Por Marcos Vinicius Cabral