Uma das principais reclamações dos niteroienses parece que não é prioridade da atual gestão municipal: o trânsito sempre congestionado.
Após anos sem solução para os engarrafamentos constantes que travam Niterói, a nova proposta é a implementação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ligando o Barreto ao centro da cidade.
O projeto, que já recebeu autorização para contratar um crédito de R$ 182.152.974,66 (cento e oitenta e dois milhões e cento e cinquenta e dois mil e novecentos e setenta e quatro reais e sessenta e seis centavos), conforme publicado no Diário Oficial, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), sofre críticas de moradores de Niterói e é considerado de difícil implementação, até mesmo para membros do atual governo municipal.
Durante palestra na Rio Innovation Week, realizada na semana passada, a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Niterói, Valéria Braga, reconheceu a dificuldade de implementação do projeto de VLT em Niterói. “O estudo é complexo”, disse a secretária.
Moradores também criticam a proposta apresentada pelo prefeito Axel Grael.
- Niterói está um caos no trânsito. A gente não tem para onde fugir, temos sempre que ir até o Centro para conseguir ir até o Rio. Não importa se estamos no Barreto ou vindo de São Francisco. O ideal seria incentivar as barcas de Charitas. Mas, com uma tarifa de R$ 21, não dá! – disse Fernanda Barros, moradora de São Francisco.
Com o início da largada pela disputa do próximo mandato, as discussões sobre melhorias no transporte urbano da cidade voltam a entrar em pauta. Falta de conforto físico, tempo de viagem, custo e indisponibilidade do serviço foram as principais queixas apontadas pelos usuários do transporte urbano em Niterói, de acordo com o estudo “Será que mudamos? Um panorama do transporte público na Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, divulgada no início deste ano. Não à toa, o tema vem sendo tratado com cuidado no desenho das campanhas eleitorais.
O plano de governo do candidato do Partido Liberal (PL), Carlos Jordy, traz novidades no setor. Entre elas, o subsídio da linha de catamarãs Charitas-Rio.
Segundo a proposta de Jordy, o município poderia entrar em um acordo com a concessionária para que a população pagasse uma tarifa similar a das barcas que saem do centro de Niterói, diminuindo o fluxo de automóveis e ônibus nos horários de pico e diminuindo o tempo de viagem de quem mora em Charitas, São Francisco ou na Região Oceânica, melhorando também a circulação dos ônibus e automóveis que vão para outras regiões.
- A pior parte da viagem é quando chegamos em Niterói. O trânsito daqui é pior que o do Rio. O tempo que a gente perde quando desce da Ponte é desanimador. Tem que ter um jeito de fazer menos pessoas passarem pelo Centro – conclui Fernanda.