TORCEDORES DO VASCO SIMULAM ENFORCAMENTO DE CEO DA SAF

Ato de ameaça ocorre horas antes de partida decisiva contra o Goiás, em São Januário

Em mais um ato de violência no futebol brasileiro, torcedores do Vasco penduraram um boneco nos arredores de São Januário simulando o enforcamento do CEO da SAF, Luiz Mello. O manequim estava vestido com a camisa do Flamengo e a placa “Luiz Mengo”.

Torcida do Vasco pendura boneco simulando enforcamento de Luiz Melo — Foto: Reprodução

Em entrevista ao ge na última segunda-feira, Luiz Mello revelou que tem sido ameaçado de morte. Ele é acusado pela associação de ter assinado o termo de posse, em agosto do ano passado, quando ainda era sócio do Flamengo.

– Meu único grande descontentamento neste processo todo é quando as críticas extrapolam o lado profissional. Tenho sido ameaçado de morte, minha família está exposta, meu telefone está circulando em redes sociais. Há, deste lado, uma pessoa que está fazendo o seu melhor, que está aplicando todo o seu esforço e conhecimento em prol do Vasco sete dias por semana – em entrevista ao ge, Mello revelou que tem sido ameaçado de morte.

Este não foi o único protesto do dia. A torcida também pendurou uma faixa com cobrança para a 777 Partners. A frase escrita foi: “Cadê o aporte? 1771 Partners” e foi colocada em uma passarela no caminho de São Januário.

É nesse clima tenso que o Vasco fará o primeiro jogo após a paralisação da data Fifa. A partida contra o Goiás, válida pela 11ª rodada do Brasileirão, acontece às 20h (de Brasília), em São Januário.

Recente reunião

A má relação entre dirigentes do Vasco associativo com o gestor da SAF pautou a reunião do Conselho de Administração, nesta quarta-feira. Membros da diretoria administrativa do clube cobraram uma posição do CEO Luiz Mello, por entenderem que ele assinou o termo de posse como sócio do Flamengo. Apesar crise entre as lideranças, a 777 Partners, que tem o controle, trata o assunto como página virada.

A reunião do Conselho de Administração da SAF acontece a cada três meses e já estava prevista. Participaram os executivos da 777 Partners, como o sócio-proprietário Josh Wander, os dirigentes de SAF e membros do clube associativo, como o presidente Jorge Salgado. Há um distanciamento muito grande entre a gestão da SAF e dirigentes do clube, que cogitavam pedir o afastamento de Luiz Mello.

Ao tomar posse como CEO da SAF, em agosto do ano passado, Luiz Mello, declarou que “não detém, direta ou indiretamente, vínculo associativo […] de clube ou entidade de prática desportiva, exceto pelo acionista fundador, o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA”. Dirigentes do clube entendem que ele mentiu. Mello, no entanto, entende não ter cometido nenhuma ilegalidade. Ele não era sócio estatutário do Flamengo, mas o ge apurou que ele tinha um plano de sócio-torcedor ativo.

Luiz Mello foi questionado formalmente no encontro se era sócio do Flamengo. Ele não respondeu, mas foi informado que a diretora jurídica da SAF, Gisele Cabrera, enviará ao clube uma resposta formal sobre o tema. Executivos da 777 Partners entenderam que não houve ilegalidade e respaldam o dirigente. A empresa trata o assunto como encerrado, segundo pessoas consultadas pelo ge. O clube, no entanto, vai analisar a resposta enviada e entende que a investigação ainda está aberta.

Por GE

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