Quais são as peças da engrenagem que detém o controle sobre os corpos e sobre a vida em nossa sociedade atualmente?
O corpo, tal qual uma máquina, é cada vez mais exigido, porém, se antes o controle se exercia de forma externa em uma sociedade disciplinar, agora, ele cede cada vez mais a pressões internas. A pressão por desempenho, a pressão por produção, parecem ser os novos elos da corrente que nos une a todos e nos transforma em agressores e vítimas, tudo ao mesmo tempo.
Que mecanismo é esse que decide o caminho da maioria e age como uma cela escura que te contém por dentro, borrando a visão e fazendo desaparecer a alteridade e a estranheza?
Parar, resistir, permanecer para depois seguir. Inevitável é desfazer o equívoco desta “liberdade coercitiva” diagnosticada pelo filósofo Byung-Chul Han, na qual o sujeito é juiz e algoz de sua própria condição, numa sociedade caracterizada pelo excesso de estímulos, informações e impulsos.
In(in)terrupto é a segunda parte da trilogia sobre o tempo, composta pelas obras Non Stop (2015) e Contrafluxo (2019). A peça propõe uma discussão sobre poder, controle e a noção de corpo enquanto mercadoria.
Serviço:
19 de maio – sexta-feira – 19h – Arena Carioca Jovelina Pérola Negra – Praça Ênio, s/n – Pavuna
Classificação: livre
Duração: 50 minutos
Ingressos: R$ 1,00 – um real / espetáculo
GRÁTIS – Oficina de Iniciação às Danças Urbanas – 17h
Por- Redação