Atacante brasileiro sofreu ofensas durante uma partida do Campeonato Espanhol em dezembro do ano passado
Ronaldo Fenômeno, sócio majoritário da SAF do Cruzeiro e dono do Real Valladolid, da Espanha, mais uma vez falou sobre o episódio de racismo sofrido por Vinicius Júnior, em um jogo contra o seu clube, no Estádio José Zorrilla. Durante uma entrevista ao podcast ‘Mano a Mano’, do rapper Mano Brown, o empresário criticou a impunidade no país e afirmou qual atitude gostaria de ter tomado.
— No meu estádio também houve caso de racismo contra o Vinicius. Ele saiu substituído, passando na frente de uma torcida organizada, e alguns xingaram. A gente identificou os racistas, entregamos as imagens à polícia e suspendemos o carnê desses caras. Eu queria suspender a vida inteira. Para mim, esses caras nunca mais colocariam o pé no estádio, só que aí tem uma lei que não pode proibir para sempre, é só de três anos. De alguma maneira, os políticos estão permitindo isso. Para mim, isso tinha que mudar nas leis. Racista tinha que ter uma pena muito mais severa. A gente devia investir em educação nos jovens e, a partir do momento que é adulto, pena severa — disse Ronaldo no podcast.
Em fevereiro deste ano, o Real Valladolid informou que comunicou aos dez sócios identificados como autores de ataques racistas a Vinícius Junior a suspensão imediata deles do clube. Com isso, eles estão proibidos de frequentar às instalações, o que implica no impedimento de assistir aos jogos.
O que mais chamou atenção no comunicado divulgado pelo Valladolid, contudo, é o fato do próprio clube de Ronaldo Fenômeno dizer que não considera estes sócios racistas. Segundo a nota, o “cometimento destes incidentes pontuais os obrigou a tomar as medidas cabíveis”.
O afastamento dos sócios tem validade até que todo o episódio seja apurado, o que, segundo o clube, deve levar no máximo um mês. O Valladolid informou às autoridades policiais a identidade dos envolvidos.
Estes dez sócios foram identificados cometendo racismo contra Vini Jr durante o jogo contra o Real Madrid, no dia 30 de dezembro, pelo Campeonato Espanhol. Em vídeos que viralizaram nas redes sociais na época, é possível ouvir gritos de “macaco”, além de sons que imitam o animal, quando o jogador passa próximo à arquibancada.
Após o jogo, o camisa 20 desabafou contra a situação e pediu uma postura mais enfática de LaLiga. “Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto e a LaLiga segue sem fazer nada… Seguirei de cabeça erguida e comemorando as minhas vitórias e do Madrid. No final a culpa é MINHA”, reclamou Vini.
Por: Extra