A experiência pioneira desenvolvida pelo estado do Rio de Janeiro, que utiliza um helicóptero exclusivo para o transporte de órgãos e de recém-nascidos prematuros com suporte de UTI, tem servido de modelo para outros estados brasileiros. Desde agosto deste ano, a Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) treina um piloto do Amazonas, que vai levar na bagagem o conhecimento de uma equipe que está em operação há três anos, já transportou 627 órgãos e 312 bebês. Com o suporte da aeronave, o estado do Rio de Janeiro passou da 14ª colocação no transplante de órgãos para a 3ª no ranking nacional.
A mais de 3 mil km de distância, o piloto Ralf Kanitz vinha acompanhando a trajetória da Soaer por meio das redes sociais. O fascínio por aeronaves surgiu na vida do amazonense, aos 9 anos de idade, enquanto ele assistia à chegada do Papai-Noel no Maracanã, em 1988. Doze anos depois, ele foi aprovado para o concurso da Polícia Civil do estado do Amazonas, onde conseguiu a única vaga disponível de piloto, em 2009. A sua formação foi pela Força Nacional de Segurança, em Brasília. Uma parceria firmada entre a SOAer e o Departamento Integrado de Operações Aéreas (DIOA) do governo do Amazonas possibilitou que o policial civil realizasse o treinamento.
SOAer atrai profissionais de todo Brasil
No ano passado, a médica cirurgiã do serviço aeromédico de Recife, Lalluna Brandão realizou o estágio na Soaer e conheceu toda a logística de transporte de órgãos e de bebês prematuros extremos. Em Recife, não há aeronave exclusiva para a saúde, como no Rio de Janeiro.