Embora a “solução de dois Estados” enfrente muitos desafios, ainda é o único consenso para a comunidade internacional
Até o momento, o atual conflito entre Palestina e Israel já deixou mais de 3,5 mil mortos. As Nações Unidas alertaram que a situação humanitária em Gaza se deteriora rapidamente.
A causa profunda dos conflitos entre os dois lados é o pedido da Palestina de estabelecer um Estado independente até hoje não concretizado, uma injustiça histórica sofrida pelo povo palestina não corrigida. A eclosão de mais uma nova rodada de confrontos provou que a implementação da “solução de dois Estados” é o único caminho para resolver a crise na região do Oriente Médio. Por esta razão, as Nações Unidas, os países árabes, a China, a Rússia e a União Europeia apelaram tanto à Palestina como a Israel para que cess em fogo e regress em às negociações sobre a “solução de dois Estados “, em busca da coexistência pacífica.
A “solução de dois Estados”, reconhecida pela comunidade internacional, refere-se ao estabelecimento de um Estado palestino independente, baseado nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital, e com plena soberania. A condição importante para a realização deste plano é que os dois lados aceitem o princípio da “terra por paz”, trocando a propriedade de certas áreas por uma paz duradoura e justa.
Em 1993, Palestina e Israel assinaram os Acordos de Oslo, dando início ao processo de “terra por paz”. Ambos os lados aceitam a “solução de dois Estados” como um princípio importante para a realização da paz. No entanto, na implementação de situações específicas, os dois lados têm sérias diferenças sobre questões como o estatuto de Jerusalém, a demarcação da fronteira da Cisjordânia e o direito ao regresso dos refugiados. Depois de 2000, o processo de paz estagnou gradualmente. Após o fracasso das conversações de paz entre a Palestina e Israel em 2014, não foi realizada nenhuma nova ronda de negociações.
Hoje, com mais uma rodada de conflito em curso entre Palestina e Israel, cada vez mais pessoas percebem que, embora a “solução de dois Estados” enfrente muitos desafios, ainda é o único consenso para a comunidade internacional resolver o problema na região, pois nenhuma outra solução surgiu.
Por um lado, a solução encarna o espírito da resolução das Nações Unidas sobre a questão. Desde a eclosão da primeira guerra no Oriente Médio em 1948, as Nações Unidas aprovaram múltiplas resoluções, cujo núcleo se baseia na “solução de dois Estados” para alcançar a paz entre Palestina e Israel.
Por outro lado, a “solução de dois Estados” é a única aceitável para os dois lados. Embora existam vozes dentro de Israel a favor de uma “solução de um Estado”, a maioria dos israelenses ainda acredita que a “solução de dois Estados” é a única possibilidade de alcançar a coexistência pacífica.
Ao mesmo tempo, a “solução de dois Estados” também é considerada como caminho único para manter a paz duradoura na região. A estabilidade baseada na solução de dois Estados entre Palestina e Israel é um consenso reconhecido pela maioria dos países árabes, para normalizar a relação diplomática com Israel.
O processo pacífico no Oriente Médio merece o apoio de todas as partes relativas. O enviado especial da China visitará nos próximos dias países relacionado para promover uma solução pacífica da nova crise na região. A China espera a convocação de uma conferência internacional de paz o mais rápido possível e acredita que a concretização da “solução de dois Estados” é a única chance para a região do Oriente Médio conquistar uma paz autêntica.
Por Rádio Internacional da China