Somos todos constantemente visitados, direta ou indiretamente, pela senhora dona Finitude (nome poético ou filosófico da morte), mas temos imensa dificuldade de, sequer, pensar essa ideia.
Aliás, entendo que morrer é perder para sempre a consciência… Assim, temos consciência da vida, isto é, podemos senti-la, mas nunca poderemos ter consciência da morte ou senti-la.
Assim, é ilógico dizer que, morrendo, nada mais se sente, pois não pode sentir nada quem perde a consciência, quer dizer, quem perde para sempre simplesmente a capacidade de sentir qualquer coisa!
Do mesmo modo que é impossível pensar em que consiste o fim de tudo para cada um de nós, é absurdo tentar pensar em que consistiu o período anterior à aquisição da consciência para nós todos.
Tente pensar sobre como tudo começou – o universo, o mundo, tudo o que existe… Ter-se-á chegado, então, ao que não pode ser pensado, ao absurdo, ao impossível!…
Por tudo isso, certo pensador declarou uma vez que filosofar é refletir sobre a morte! Eu acrescentaria: e sobre o começo de tudo! Ou sobre a necessidade de existir alguma coisa!
Enfim, “Deus” seria a resposta? Não me venha com a bobagem de que a questão se resume em acreditar ou não n’Ele, pois não pensamos senão por ideias, e a de Deus é uma concepção humanamente inacessível!
ederrodrigues@uol.com.br
Por: Eder Rodrigues
Gostei muito da coluna do Sr. Eder Rodrigues. Desenvolveu um tema importante e que nos permite fazer reflexão sobre o tema abordado.