Na última terça-feira (25), Israel realizou uma série de bombardeios no sul da Síria. Coincidentemente os ataques aconteceram durante a Conferência Nacional de Diálogo da Síria, que clamava pela retirada das forças israelenses do território sírio. As Forças de Defesa de Israel (FDI) justificaram as ações, afirmando que tinham como alvo centros de comando e depósitos de armamentos, alegando que a presença militar israelense na região representa um risco para a segurança de seus cidadãos.
“A presença de forças e ativos militares na parte sul da Síria representa uma ameaça aos cidadãos de Israel. A FDI continuará a operar para remover qualquer ameaça aos cidadãos do Estado de Israel”, declarou comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Durante a conferência, a “infiltração israelense” foi amplamente condenada, sendo considerada uma violação da soberania síria. O novo presidente sírio, Ahmad al-Sharaa, enfatizou a necessidade de unidade do país e solicitou à comunidade internacional que exerça pressão sobre Israel para que cesse suas ações agressivas na região.
Desde a queda do regime de Bashar al-Assad, Israel passou a controlar o Monte de Hermon, uma área que anteriormente era desmilitarizada. Essa ocupação é vista pela ONU como uma violação de acordos internacionais estabelecidos.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Kartz, declarou que o país pretende manter sua presença na zona tampão de forma indefinida e exigiu a desmilitarização do sul da Síria. “Não permitiremos que as forças da organização HTS, ou o novo exército sírio, entrem na área ao sul de Damasco. Exigimos a desmilitarização completa do sul da Síria”, afirmou Kartz.
As ações israelenses provocaram uma onda de protestos no sul da Síria, onde sindicatos e organizações civis se manifestaram contra a interferência de Israel. Esses grupos convocaram atividades nacionais com o objetivo de confrontar os planos israelenses, demonstrando a insatisfação popular com a situação atual e a ocupação.
por Jovem Pan