SES-RJ REALIZA CAPACITAÇÃO PARA DIAGNÓSTICO PRECOCE DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Mais de 250 profissionais de diversos municípios do Estado do Rio participaram do encontro

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) promoveu, nesta quarta-feira (18.10), uma capacitação profissional para diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mais de 250 técnicos de diversos municípios fluminenses participaram, de forma presencial e remota, do encontro, realizado no auditório da SES-RJ. De acordo com a subsecretária de Atenção à Saúde, Fernanda Fialho, a principal proposta da agenda é aproximar os municípios para utilização e interpretação do M-CHAT, instrumento de rastreamento precoce do autismo que visa identificar indícios do transtorno em crianças entre 18 e 24 meses.

“Nosso objetivo fundamental é fazer com que os representantes municipais entendam que o M-CHAT não é uma ferramenta de diagnóstico, mas sim um documento de triagem. Precisamos levá-lo para a ponta, ou seja, para a atenção básica, onde tudo começa. Desta forma, conseguiremos qualificar o diagnóstico precoce”, disse a subsecretária.

A neuropediatra e professora do departamento de pediatria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (DPED/UERJ) Heloisa Viscaino foi a responsável técnica pela capacitação. Durante a aula magna, Heloisa alertou para que os profissionais da ponta sejam sensíveis a uma avaliação integral das funcionalidades dos pacientes até os 2 anos de idade.

“Um paciente com TEA leve, por exemplo, pode passar a ser moderado ou grave caso não tenha um diagnóstico nos dois primeiros anos de vida. Para isso, é preciso que os profissionais estejam atentos às novas literaturas e tenham conhecimento do processo de desenvolvimento neuromotor”, explicou.

Dra. Heloisa Viscaino também ressaltou que, em alguns casos, é preciso repensar as cargas horárias excessivas para tratamento do TEA.

“A família e a escola são fundamentais no tratamento e na inclusão e na integração social. Alguns pacientes precisam de um combo multidisciplinar, outros não. Mas aqueles que não precisam devem exercer o cotidiano”, opinou.

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