Já foram gastos R$ 2,8 milhões para proteção de autoridades que participam de reuniões do grupo no Brasil; quantia foi retirada de outras operações da corporação
Com um corte orçamentário superior a R$ 200 milhões e o contingenciamento de recursos, a PF (Polícia Federal) alertou o governo sobre a possibilidade da segurança de autoridades estrangeiras, que participam de reuniões do G20, no Brasil, ser afetada em junho por falta de verba.
Já foram gastos R$ 2,8 milhões para a segurança das autoridades nos 6 primeiros meses deste ano. A quantia usada para a execução das atividades foi retirada de outras operações da PF que já estavam planejadas. O remanejamento afeta ações policiais em outras áreas. Ainda faltam 18 reuniões do G20 a serem realizadas até o fim do ano.
A expectativa da PF é de que haja uma redução no número de prisões e apreensões em comparação a 2023. Em reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública, a corporação tenta uma recomposição orçamentária desde abril.
Sem uma previsão orçamentária, operações planejadas (longo prazo) também serão prejudicas até setembro. Como, por exemplo:
erradicação de cultivos ilícitos nas regiões Norte e Nordeste;
atuação no combate ao crime organizado por meio das unidades Gise e Ficco;
policiamento de fronteiras;
segurança de portos e aeroportos;
erradicação do trabalho escravo;
proteção da Amazônia e combate a desmatamento e garimpo ilegais; e
operações para as eleições de 2024.
A operação Lesa Pátria, que investiga financiadores dos atos extremistas do 8 de Janeiro, está paralisada pela falta de verbas. A última fase deflagrada foi em 23 de maio de 2024.