A violência no Rio de Janeiro e seus impactos no cotidiano da população, principalmente da que vive em comunidades, foram os temas centrais do Seminário de Segurança Pública e Violência Urbana, promovido na quinta-feira, pela Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Alerj. O encontro reuniu representantes das forças de segurança, do Ministério Público e da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).
As ações e desafios na área de saúde pública diante deste cenário foram tratados pelo secretário de estado de Saúde, Dr. Luizinho, durante a palestra “Os impactos da influência do tráfico e das milícias no funcionamento dos postos de saúde e das clínicas da família”. O objetivo foi mostrar como a violência afeta o setor, levando à interrupção do atendimento e a cancelamentos de consultas.
Dr. Luizinho destacou as ações da saúde para estar mais perto das pessoas que vivem em áreas mais vulneráveis e dar suporte à presença do estado. Entre elas, estão o cuidado com a saúde mental, o apoio às equipes de segurança e o atendimento especializado a baleados, para o qual a rede estadual de Saúde conta com o Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres, responsável por cerca de 500 atendimentos a vítimas de arma de fogo por ano. Medidas para a prevenção à gravidez não planejada também são consideradas fundamentais pelo secretário.
O seminário da Alerj contou ainda com a participação de Carmen Elisa Bastos, do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do MP/RJ; de Uirá Ferreira, comandante do BOPE; e do delegado da Core Fabricio Oliveira. O seminário teve a mediação do deputado estadual Márcio Gualberto, presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj.
Por Redação