Em agosto, a administração do município da Costa Verde fluminense deu início a um racionamento de água por conta da seca, a mais crítica dos últimos 17 anos
Nesta segunda-feira, 9 de setembro, o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB), decretou situação de emergência nível 1 no município devido à severa estiagem. A decisão foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial e é válida por 90 dias, conforme informado pelo site Tempo Real RJ. A seca, considerada a mais grave dos últimos 17 anos, levou ao início de um racionamento de água em agosto.
O decreto visa permitir a implementação rápida de medidas emergenciais, como a contratação de serviços urgentes, aquisição de caminhões-pipa, bombas d’água e outros insumos necessários. Os bairros mais afetados pela falta de água são Centro, Japuíba, Mambucaba e Belém.
A prefeitura informou que a seca começou de forma antecipada e pode continuar até outubro, sem previsão de chuvas. O decreto também autoriza a captação emergencial de água no Rio Mambucaba, que atravessa o Parque Nacional da Bocaina, sob administração do ICMBio.
Desde abril, Angra dos Reis tem enfrentado uma média de chuva abaixo do esperado, com um déficit de 20 a 40 milímetros mensais. Isso resultou em um abastecimento irregular de água, especialmente a partir de 25 de julho. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) dividiu a cidade em nove regiões para distribuir água de forma racionada, em dias alternados e horários específicos, ou por caminhões-pipa.
O decreto também proíbe o uso não essencial da água para atividades como lavagem de veículos e calçadas, permitindo apenas o consumo humano e animal.
Além disso, em fevereiro de 2023, as 1ª e 3ª Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva ajuizaram uma Ação Civil Pública para garantir a qualidade da água distribuída. A medida exige que a Prefeitura e o Saae divulguem relatórios sobre a qualidade da água e apresentem planos para corrigir problemas no abastecimento.