Roberto Ardenghy defendeu a exploração da Margem Equatorial em um projeto de redução das emissões pela mudança do uso da terra
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, afirmou que a expansão da produção nacional é fundamental para oferecer uma alternativa menos poluente no cenário global. “Se a gente não produzir petróleo, o mundo vai consumir um petróleo que emite mais”, disse Ardenghy em entrevista à Folha de S. Paulo, destacando que o país possui uma matriz energética limpa e que o desmatamento é a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa no Brasil.
Nos últimos meses, o setor tem pressionado por mudanças no uso da arrecadação gerada pela exploração petrolífera como forma de combater o cenário climático. Uma proposta tem ganhado destaque: direcionar parte dos impostos e royalties para programas de reflorestamento, especialmente no contexto da exploração da chamada Margem Equatorial. A área, que possui reservas estratégicas, representa uma importante aposta do setor para garantir o suprimento de petróleo nos próximos anos e tem sido alvo de embates entre os interesses energéticos e ambientais do governo federal.
“Por que a gente não pensa na margem equatorial como um projeto que ajude o Brasil a reduzir a emissão de CO2 pela mudança do uso da terra?”, questionou o presidente do IBP. Segundo ele, em 2024, o setor deve arrecadar cerca de R$250 bilhões em impostos e royalties — recursos que poderiam ser usados como base para o investimento em práticas de mitigação de emissões.
Por Barsil 247