Presidente da Bielorrúsia informou pelo Telegram que Yevgeny Prigozhin, líder dos mercenários do Grupo Wagner, concordou em recuar
O gabinete do presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, informou por meio de seu canal oficial no Telegram que houve uma negociação com o mercenário Yevgeny Prigozhin, do Grupo Wagner, para que ele interrompa o avanço de homens armados a caminho de Moscou.
Segundo o anúncio, Yevgeny Prigozhin teria aceitado proposta de Lukashenko para interromper o movimento. O mercenário disse, em mensagem de áudio que, virará seus comboios em direção oposta para evitar um “derramamento de sangue”.
“Estamos virando nossos comboios e indo na direção oposta”, disse ele em uma mensagem de voz publicada pela empresa Concord.
O presidente russo, Vladimir Putin, tinha conversado com o colega bielorrusso sobre a situação no sul da Rússia devido ao motim do Grupo Wagner. Os chefes de Estado concordaram em ações conjuntas. Assim, Lukashenko conseguiu entrar em acordo para um recuo do grupo de mercenários.
Mais cedo, o prefeito da capital da Rússia, Sergei Sobyanin, declarou regime de “operação antiterrorista em Moscou“, diante de rebelião. Quando integrantes do Grupo Wagner tomaram a cidade de Rostov-on-Don e chegaram a Voronezh, Sobyanin enviou comunicado pelo aplicativo de mensagens Telegram, no qual anunciou o reforço da segurança em Moscou e pede que os moradores da capital fiquem em casa.
No mesmo comunicado, o prefeito ainda declarou a segunda-feira (26/6) dia não útil, com exceção de autoridades e empresas de ciclo contínuo, complexo militar-industrial e serviços urbanos.
“Peço-lhe que se abstenha de viajar pela cidade o máximo possível. É possível bloquear o tráfego em determinados quarteirões e em determinadas estradas. Informe o 112 sobre emergências e incidentes em tempo hábil”, disse na mensagem.
Por Manoela Alcântara – Metrópoles