O Estado do Rio teve 760 queimadas registradas desde janeiro de 2024. Esse é o maior número registrado nos últimos dez anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Só esse mês, foram 55 registros.
O resultado é uma fumaça de poluição no horizonte e uma pior qualidade do ar. A qualidade está, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), entre moderada e ruim.
Atualmente, a qualidade está entre moderada e ruim. A fumaça das queimadas da Amazônia e do Pantanal chegou até o Rio de Janeiro, assustando muita gente.
“Eu achei que era um nevoeiro, mas observando, na televisão, informações, estamos distantes das queimadas”, disse Kátia Braga, aposentada.
Chuva em falta
A previsão é de que, pelo menos até o fim de semana, o céu fique cada vez mais azul. Mas o que realmente limpa a atmosfera está em falta, praticamente, no brasil todo: a chuva.
“Hoje, a qualidade do ar do Rio de Janeiro a gente pode classificar como moderada, mas com a ausência da chuva e ondas de calor, a gente tende a ter uma piora na qualidade do ar”, comentou Vinicius de Oliveira, gerente de monitoramento ambiental da secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Interior do Rio sofre
No interior do Estado, várias cidades estão sofrendo. Um incêndio que começou na segunda à tarde no município de Paraíba do Sul ainda não foi contido até a tarde dessa terça-feira (10).
Os bombeiros e o grupamento de proteção ambiental foram para o local. Em Cabo Frio, o incêndio se alastrou e chegou muito perto das casas.
O tempo seco, o calor, a poluição e a fumaça dos incêndios são um alerta: é preciso cuidar da saúde.
“Ingerir bastante água, refeições nutritivas sim, mas não volumosas, se proteger do sol e procurar lugares com vegetação, não fazer exercício físico de tarde ao ar livre, com menor umidade e maior temperatura. Pode usar umidificador, não muito, por uma horinha na parte de tarde, uma bacia com água pode ajudar; e nada de queimar lixo ou soltar balão, ninguém precisa de mais incêndio”, afirmou o pneumologista Leonardo Pessoa.