O número de animais abandonados no estado do Rio de Janeiro aumentou em 2024, com 1.365 casos registrados, comparado a 1.271 no ano anterior, o que representa um crescimento de 8%. Além do abandono, muitos animais também são vítimas de maus-tratos.
“Não existe um padrão de abandono. Como você pode ver, o Ozzy é um cachorro de raça, um buldogue francês, e mesmo assim foi abandonado”, afirma Alexia Knopf, coordenadora da ONG Garra. As denúncias de abandono aumentaram em 2024, com um total de 94 casos a mais que em 2023, segundo levantamento do programa Linha Verde.
A legislação prevê pena de 2 a 5 anos de prisão para quem abandonar ou maltratar animais. Renata Pietro, fundadora da ONG Garra, destaca que 2024 foi um ano desafiador, com casos de maus-tratos cruéis e animais gravemente feridos. O Disque Denúncia aponta que os animais mais abandonados são cães, principalmente da raça pit bull, seguidos por gatos, cavalos, aves, cabras e tartarugas.
Em dezembro, o RJ1 mostrou casos de abandono na cidade e na Baixada Fluminense. Em Queimados, um cachorro foi abandonado em uma praça, mas foi resgatado por protetores e agora está disponível para adoção. Também foram mostrados casos de cavalos maltratados e abandonados na Ilha do Governador, muitos dos quais não resistem.
A ONG Garra, em Paciência, na Zona Oeste, cuida de animais resgatados das ruas. O local abriga cavalos, cabras, gatos, cães e até patos. Renata explica que, ao chegar, os animais passam por triagem e exames para determinar o tratamento necessário. Ela também compartilha a história da égua Brisa, resgatada há 10 anos, que recebe cuidados até hoje. Renata e outros defensores de animais sonham com o dia em que seus abrigos possam ser fechados por não serem mais necessários.