As buscas pelas vítimas da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Tocantins e Maranhão, foram parcialmente suspensas na sexta-feira (27/12) devido ao risco de novos desabamentos. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que deslocamentos na estrutura foram detectados, tornando inseguro o trabalho nas áreas próximas aos pilares. A operação, que conta com equipes da Marinha, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, continua em locais afastados da ponte, com o uso de lanchas, jet skis e buscas terrestres ao longo do rio Tocantins.
O Dnit aguarda a chegada de equipamentos de precisão para avaliar a estabilidade da estrutura, com previsão de retomada das buscas no sábado (28/12). Até o momento, 18 vítimas foram identificadas: nove mortes, oito desaparecidos e uma sobrevivente resgatada no domingo (22/12). Dois corpos encontrados na quinta-feira (26/12) permanecem submersos devido à profundidade de 48 metros e às condições instáveis.
Para facilitar as buscas, foi instalada uma câmara hiperbárica, trazida pela Força Aérea Brasileira, que permite mergulhos seguros em águas profundas. A força-tarefa inclui peritos, médicos e especialistas em identificação de corpos.
A ponte desabou no domingo (22/12), derrubando quatro caminhões, incluindo dois com ácido sulfúrico. O Dnit realizou entre 2021 e 2023 serviços de manutenção no valor de R$ 3,5 milhões. A reconstrução da ponte foi anunciada com prazo de um ano e investimento de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões.