Também faz parte do compromisso firmado pelo governo do Rio ampliar o acesso ao sistema nacional de proteção social para as pessoas abaixo da linha da pobreza e em vulnerabilidade social
Enquanto líderes mundiais discutiam estratégias para o combate à fome no G20, o governo do Rio de Janeiro anunciou metas para reduzir pela metade a pobreza monetária e não monetária no estado até 2030. Essas ações foram detalhadas durante o evento Conexão 2030, promovido pelo G20 Social, que debateu maneiras de enfrentar a fome e a desigualdade globalmente.
— Não há desenvolvimento onde há fome. Por isso, estamos ampliando o alcance da nossa rede de proteção para garantir que a população tenha mais acesso a uma alimentação digna e subsidiada — afirmou o governador Cláudio Castro.
O Rio de Janeiro é signatário do Pacto Global da Agenda 2030, da ONU, que visa combater a fome e reduzir desigualdades. O governo estadual comprometeu-se a ampliar o acesso ao sistema nacional de proteção social para aqueles abaixo da linha da pobreza e em situação de vulnerabilidade.
Ações e metas concretas
Atualmente, os programas estaduais oferecem 53 mil refeições diárias por meio de iniciativas como o Restaurante do Povo, o Café do Trabalhador e o RJ Alimenta. Para 2025, a expectativa é abrir mais três restaurantes na Baixada Fluminense e expandir o Café do Trabalhador, atualmente presente em 46 municípios.
— A fome impede o acesso à educação e ao trabalho, imobilizando o crescimento. Nosso foco está em três programas essenciais para reverter esse quadro — declarou Rosangela Gomes, secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
O governo também planeja fortalecer o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), priorizando mulheres e populações vulneráveis. Além disso, pretende promover empregos dignos e enfrentar a subutilização da força de trabalho até 2030. Outro desafio será a assistência à população idosa, que cresceu 47% em uma década.
O papel do G20
O G20, formado por 19 países, a União Europeia e a União Africana, é um bloco internacional criado no final dos anos 2000, em resposta à crise financeira global. Seu objetivo é discutir questões econômicas, políticas e sociais, incluindo desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, saúde e estabilidade econômica.
Os encontros do G20 ocorrem em duas principais frentes: a trilha de Sherpas e a *trilha de Finanças. Os Sherpas, representantes dos líderes dos países-membros, organizam as negociações e pautas da cúpula. Já a trilha de Finanças, liderada por ministros da economia e presidentes de bancos centrais, aborda questões macroeconômicas.
Outro mecanismo importante é a troika, que reúne a presidência atual, anterior e futura do grupo para preparar os encontros. Durante a presidência brasileira, o país colabora com a Índia e a África do Sul.
Durante a cúpula, um decreto municipal suspendeu o expediente de órgãos públicos na cidade, exceto serviços essenciais como saúde, segurança, transporte, coleta de lixo e limpeza urbana.