Estudo revela que os projetos viabilizados pelo contexto dos Jogos foram expressivos indutores de atividade econômica e geraram impacto sobre o município.
O Rio de Janeiro obteve um faturamento de quase R$ 100 bilhões com os Jogos Olímpicos de 2016, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado nesta terça-feira (23). A edição de 2024 terá início na próxima sexta-feira (26), em Paris.
Ao longo desses 8 anos, a pesquisa da FGV calculou o impacto da sede olímpica do Rio em diversos indicadores:
– Valor Bruto da Produção (VBP): R$ 99 bilhões;
– Produto Interno Bruto (PIB): R$ 51,2 bilhões;
– Impostos: R$ 5,3 bilhões;
– Empregos: 465,4 mil.
O VBP, mais abrangente que o PIB, considera o faturamento ao longo de toda a cadeia produtiva, semelhante ao ganho com a venda de trigo na produção de um pão.
O estudo concluiu que os projetos públicos e privados tiveram impactos econômicos além dos objetivos iniciais, beneficiando regiões, setores e agentes não inicialmente previstos. O economista Joelson Sampaio destacou o setor de serviços, turismo, transporte, mobilidade e impacto social.
O pesquisador Daniel da Mata enfatizou que o impacto não se limitou ao Rio de Janeiro, alcançando outros municípios e o estado como um todo, com impactos positivos em impostos, renda, emprego e outros agregados econômicos.
O orçamento inicial para a Rio 2016 previa um gasto total de R$ 28 bilhões, R$ 13 bilhões a menos do que os R$ 39 bilhões utilizados até 2021.