Em dezembro, a reprovação do STF havia atingido o maior índice da série histórica iniciada em 2019, subindo de 31% para 38%
De dezembro do ano passado para este mês, o índice de reprovação do trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF) caiu dez pontos, passando de 38% para 28%. Já a aprovação seguiu estável dentro da margem de erro, de 27% no levantamento anterior passou 29%. A melhora na imagem da Corte coincide com a atuação na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são da pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (26/3).
Em dezembro, a reprovação do STF havia atingido o maior índice da série histórica iniciada em 2019: a desaprovação do trabalho dos juízes da Corte mais alta do país subiu de 31% para 38%, enquanto a aprovação caiu de 31% para 27%.
“Poderia ser pior”, diz Barroso sobre desaprovação do Supremo
Após o resultado de dezembro, o presidente do STF, ministro Roberto Barroso, disse que o aumento da desaprovação da Corte pela sociedade não é uma preocupação, pois a “a Constituição reservou ao Supremo diversos papéis e que muitos deles são impopulares”.
“Recentemente me trouxeram uma pesquisa que apontou que o Supremo teria 38% de desaprovação. Primeiramente, meu pensamento foi de alívio. Eu pensei que poderia ser pior”, afirmou Barroso na época.
No levantamento mais recente, o Datafolha aponta que aqueles que se dizem simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT) são mais entusiasmados com o trabalho do Supremo: 49% consideram ótimo e bom. Em contrapartida, 65% dos apoiadores do partido de Bolsonaro, o Partido Liberal (PL), reprovam as ações da corte.
O Datafolha passou a questionar entrevistados sobre o STF a partir de dezembro de 2019.