Após o empate entre Grêmio e Cruzeiro, o técnico Renato Portaluppi esclareceu suas polêmicas declarações em uma nota, afirmando que não houve intenção de ameaçar ninguém e que é contra qualquer forma de violência. Na coletiva pós-jogo, Renato havia se mostrado indignado com a postura de alguns jornalistas, afirmando que a imprensa o estava colocando contra a torcida e insinuando ataques pessoais aos profissionais da mídia. Durante a entrevista, o treinador chegou a dizer que exporia alguns jornalistas e questionou o comportamento da imprensa em relação a ele e sua equipe.
Em sua nota de esclarecimento, Renato ressaltou que o que queria, na verdade, era destacar o impacto negativo que comentários desrespeitosos têm na vida dos familiares dos jogadores e da comissão técnica, comparando com a situação de um jornalista sendo alvo de críticas pessoais. Ele negou ter feito qualquer ameaça, reafirmando que é contra a violência.
No entanto, suas palavras foram duramente criticadas pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS), pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e por várias associações de jornalistas, que repudiaram as ameaças e acusaram o treinador de incitar a violência contra a imprensa. O caso gerou repercussão e poderá ser levado a outras instâncias, caso não haja um acordo para garantir o respeito à liberdade de expressão e à integridade dos profissionais.