RAMAGEM NEGA MONITORAMENTO DE AUTORIDADES PELA ABIN DURANTE GOVERNO BOLSONARO E DIZ QUE PF CRIOU ‘ALVOROÇO’

Ex-diretor da Abin e pré-candidato à prefeitura do Rio afirmou que autoridade não tiveram suas comunicações interceptadas, mas tiveram seus nomes citados por outros alvos da PF

Segundo o UOL, Ramagem afirmou que os nomes citados no relatório da PF foram mencionados por outros investigados e não como alvo de interceptações de comunicações. “Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados”, disse. Ainda conforme a reportagem, ele também disse que a PF “despreza os fins de uma investigação” e que o relatório da corporação tem “ilações e rasas conjecturas”.

Ramagem também destacou que o sistema de rastreamento de celulares First Mile foi adquirido por outras 30 instituições governamentais, e não apenas pela Abin. Ele afirmou que a aquisição do programa foi regular, com parecer favorável da Advocacia-Geral da União (AGU).

O ex-chefe da Abin criticou, ainda, os mandados de prisão emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “A PGR [Procuradoria-Geral da República] não foi favorável às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação”, disse Ramagem.

Ramagem também negou qualquer interferência em processos para beneficiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). como apontado pela Polícia Federal. Segundo Ramagem, a resolução das demandas relacionadas ao senador ocorreu exclusivamente em instâncias judiciais.

A PF investiga a suposta existência de um plano para encontrar “podres e relações políticas” de auditores da Receita Federal que investigaram o suposto esquema de rachadinhas do senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ramagem ressaltou “houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa. No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”.

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