Queda da inflação e melhora da economia levam Goldman Sachs a projetar dólar a R$ 4,40 no fim do ano

Perspectiva favorável à moeda brasileira constam de um relatório enviado pela instituição financeira estadunidense aos clientes

Os dados que apontam para uma queda da inflação e a leitura mais otimista da economia brasileira, que culminou na alteração da perspectiva do rating do Brasil, de estável para positiva, motivaram a revisão das projeções cambiais pelos estrategistas do Goldman Sachs. O banco americano agora projeta que o dólar atingirá o patamar de R$ 4,40 no fim do ano.

Segundo o Valor Investe, serviço de tempo real do jornal Valor Econômico, os analistas do banco avaliam que  “embora uma pequena depreciação possa ocorrer após uma forte valorização recente, o real ainda tem espaço para avançar ‘porque ainda é negociado cerca de 10% barato para o nosso valor justo estimado de em torno de R$ 4,30’. Assim, em relatório enviado a clientes, o Goldman Sachs revisou suas projeções para o câmbio e passou a projetar um real mais valorizado”.

No Documento, o banco reduziu sua estimativa para a moeda estadunidense de R$ 4,90 para R$ 4,60 nos próximos três meses, de R$ 4,85 para R$ 4,40 em um prazo de seis meses (no final deste ano) e de R$ 4,80 para R$ 4,40 em um intervalo de 12 meses.

Ainda conforme a reportagem, os estrategistas da instituição financeira ressaltam que apesar do diferencial de juros ter beneficiado moedas emergentes, incluindo o real, questões locais também têm contribuído para o bom desempenho da moeda brasileira. Segundo eles, a leitura do IPCA de maio mostrou uma surpreendente desaceleração da inflação, indicando um progresso notável nos componentes do núcleo e nos serviços.

O Goldman Sachs avalia, ainda, que o atual cenário deve ser bem recebido pelo Banco Central, abrindo espaço para uma mudança de direção em relação à política monetária atual. “Mesmo que o BC passe a cortar a Selic em um horizonte próximo, os estrategistas apontam que, dado o elevado ponto de partida das taxas de juros reais e o contínuo progresso na inflação, os diferenciais de juros continuem favoráveis ao câmbio, com os fluxos de entrada para a renda fixa permanecendo um importante vento favorável para o real”, finaliza a reportagem.

Por Redação

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