O parlamentar e ex-prefeito do Rio também foi multado. Cabe recurso ao TSE
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro tornou o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos) inelegível até 2028. O ex-prefeito do Rio de Janeiro foi multado em R$ 106,4 mil pela prática de abuso de poder político e econômico e conduta vedada nas eleições de 2020. De acordo com o processo, foram movimentados R$ 50 milhões ilegalmente. O então chefe do Executivo carioca chegou a ser preso naquele ano por causa do “QG da Propina” — sigla que significa Quartel-General, expressão também usada em referência a um ponto de encontro entre pessoas. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O TRE-RJ afirmou que o político fez uso da máquina pública enquanto esteve à frente da Prefeitura do Rio de Janeiro para o financiamento de sua campanha à reeleição, via caixa 2, naquele ano, quando ele não conseguiu um novo mandato. Segundo o tribunal, o esquema envolveu o aliciamento de empresários e fraudes em licitações.
As investigações apontaram que houve manipulação da licitação para a contratação do grupo Assim Saúde pelo Previ-Rio (Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro). Foram criadas empresas de fachada para simular a prestação de diversos serviços à Assim Saúde.
O esquema de corrupção e direcionamento de licitações também ocorreu na Companhia Municipal de Energia e Iluminação (Rioluz) e na Secretaria de Ordem Pública (Seop).
O TRE também condenou o empresário Rafael Alves, multado em R$ 106.4 mil.