“Continuaremos a atacar. Será um ataque mortal combinado por ar, terra e mar”, afirmou Yoav Gallant
Formação de tanques israelenses e outros equipamentos são posicionados perto da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, no sul de Israel 19/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura (Foto: REUTERS/Violeta Santos Moura)
-O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta segunda-feira (23) que a próxima etapa da guerra na Faixa de Gaza incluirá ataques aéreos, terrestres e marítimos.
“Continuaremos a atacar. Será um ataque mortal combinado por ar, terra e mar”, disse Gallant em discurso às forças navais.
Ataques – Região mais atingida pelo conflito entre Israel e Hamas, a porção Norte da Faixa de Gaza registrou mais uma tragédia nesse domingo (22): pelo menos 30 pessoas morreram após um campo de refugiados ser atingido por um ataque aéreo israelense. A informação é da rede de televisão Al Jazeera.
Além do grande número de vítimas fatais, o bombardeio ainda deixou 27 pessoas feridas. “Trinta corpos, a maioria deles pertencentes a mulheres e crianças, foram recuperados dos escombros de edifícios bombardeados no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza”, disse uma unidade de defesa civil citada pela emissora.
Em outro ataque que atingiu a população civil, pelo menos 13 pessoas morreram após explosões atingirem edifícios residenciais e uma mesquita também em Gaza.
Por conta dos bombardeios, a chegada de ajuda humanitária ao território, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas, precisou ser interrompida neste domingo. De acordo com a ONU, os estoques de alimentos, água e combustível devem se esgotar em três dias.
A Faixa de Gaza vive uma crise humanitária sem precedentes por conta dos ataques de Israel, que ainda deve iniciar uma operação por terra. Mais de 360 mil reservistas já foram convocados.
O número de mortes por conta do conflito já passou de seis mil, segundo as autoridades israelenses e palestinas. Só na Faixa de Gaza, mais de 14 mil pessoas ficaram feridas e os hospitais da região estão em colapso, aponta a ONU. “Estamos sofrendo com uma escassez aguda de medicamentos e equipamentos médicos”, contou à Al Jazeera o diretor do Hospital Indonésio no Norte de Gaza.