PRIMEIRO-MINISTRO PALESTINO MANIFESTA ESPERANÇA DE QUE O TRIBUNAL INTERNACIONAL ORDENE A SUSPENSÃO IMEDIATA DO GENOCÍDIO

Ele também manifestou a expectativa de que o Tribunal Internacional de Justiça implemente medidas para garantir um fluxo rápido de ajuda humanitária

247 – O primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammed Shtayyeh, manifestou nesta quinta-feira (25) a esperança de que a decisão do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) sobre o genocídio em Gaza apresentado pela África do Sul inclua medidas imediatas para deter a guerra israelense em curso, informa a agência noticiosa Wafa.

Ele também manifestou sua esperança de que o Tribunal Internacional de Justiça implemente medidas para garantir um fluxo rápido de ajuda humanitária para salvar aqueles que sofrem de fome, feridos, doenças e enfrentam a lenta ameaça de morte em Gaza.

Num comunicado divulgado antes do anúncio da Corte Internacional de Justiça sobre medidas imediatas no caso do genocídio de Gaza apresentado pela África do Sul, o primeiro-ministro Shtayyeh declarou: “Esperamos que o tribunal cumpra a sua responsabilidade legal e humanitária perante a comunidade internacional à luz do genocídio. Nosso povo está vivenciando algo sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial. Prevemos que o tribunal continue suas investigações sobre o genocídio de Israel contra nosso povo em Gaza.”

O tribunal pode ordenar que Israel, a força de ocupação, cesse a sua agressão contra a Faixa de Gaza, que está em curso desde 7 de Outubro do ano passado.

Nas audiências realizadas nos dias 11 e 12 de janeiro, a CIJ considerou o julgamento de Israel sob a acusação de cometer genocídio em Gaza, com base numa ação movida pela África do Sul e apoiada por dezenas de países – um precedente histórico no conflito israelo-palestiniano.

A África do Sul abriu o processo contra Israel em 29 de Dezembro, acusando-o, como força de ocupação, de cometer o crime de genocídio contra o povo palestiniano em Gaza.

A África do Sul apresentou ao tribunal um dossiê abrangente de 84 páginas, reunindo provas do assassinato de milhares de palestinos em Gaza por Israel e criando condições “conducentes a causar-lhes danos corporais”, constituindo um crime “genocida” contra eles.

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