Membro da comissão de Sampaoli questionou o fato de o atacante não aquecer
De acordo com o boletim de ocorrência obtido pela reportagem de O Tempo, o atacante Pedro Guilherme, do Flamengo, alega que foi agredido pelo preparador Pablo Fernandez no vestiário após a partida contra o Atlético, no Independência. O atacante afirmou à polícia mineira que conversava com a família no telefone, momento em que foi abordado pelo membro da comissão técnica de Jorge Sampaoli.
“Estava conversando com familiares no telefone, quando o preparador físico do Flamengo aproximou-se, colocou o dedo no rosto do jogador e questionou o motivo de ele não estar aquecendo, que isso era falta de respeito com o preparador, que deu três tapas no rosto dele”, diz o relato do atleta. Para se defender, Pedro tirou a mão do preparador do rosto dele, momento em que levou um soco no rosto, causando lesões na boca e na mandíbula direita.
Outros jogadores do Flamengo contiveram o preparador físico, que queria continuar as agressões. Militares que faziam a escolta da delegação rubro-negra foram acionados para o caso de agressão e encaminharam os envolvidos para a Central de Flagrantes.
Testemunhas, como o zagueiro Pablo, confirmaram a versão de Pedro Guilherme. O preparador físico, por sua vez, disse que “não tinha nada a declarar” aos policiais. O Flamengo não se manifestou publicamente sobre o episódio.
Por meio das redes sociais, Pedro disse que “covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, foi agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli”. “A covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas. Alguém que se acha no direito de agredir o outro não merece respeito de ninguém. Já passei por muitas provações aqui no Flamengo, mas nada se compara com a covardia sofrida hoje. Que Deus perdoe uma pessoa que, em pleno 2023, acha que uma agressão física possa resolver qualquer problema. Obrigado Jesus pelo ensinamento, dando a outra face”, publicou.
Por Lucas Gomes