O ano de 2025 mal começou, e já tem possibilidade de greve na rede municipal a partir desta semana. É que agora à noite o prefeito de Cabo Frio, Serginho Azevedo, anunciou que a folha de pagamento de dezembro de 2024 será paga de forma parcelada em até 10 vezes. No entanto, em conversa com a Folha hoje à tarde, a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe Lagos), Denize Alvarenga, havia afirmado que, caso o salário de dezembro não fosse pago até amanhã (dia 8), a categoria poderia decretar greve durante assembleia confirmada para esta quinta (9) à noite.
Em vídeo postado nas redes sociais ontem à noite, Serginho afirmou, mais uma vez, que, ao assumir a gestão do município, encontrou uma grave situação financeira herdada da administração anterior.
– Como representante de todos os cidadãos de Cabo Frio e em respeito aos servidores municipais, venho a público informar as medidas que serão tomadas para garantir o equilíbrio financeiro e honrar os compromissos assumidos com cada um de vocês. Não há recursos em caixa para quitar a folha de pagamento referente a dezembro de 2024, cujo vencimento seria no dia 7 de janeiro. Para garantir uma solução responsável e sustentável, definimos o seguinte cronograma: folha de janeiro de 2025 será paga integralmente até o dia 28 de janeiro de 2025. Folhas salariais de 2025 serão quitadas dentro do mês vigente, eliminando o prazo de até o 5º dia útil do mês subsequente. Folha de dezembro de 2024 será paga em 10 parcelas mensais, iniciando em 15 de janeiro, com a liberação da primeira parcela já na próxima semana, e folha da Educação de dezembro de 2024 será quitada em três parcelas mensais, a partir de 15 de janeiro, utilizando recursos do FUNDEB, disse o Dr. Serginho.
No mesmo comunicado, o prefeito de Cabo Frio explicou que, para alcançar o equilíbrio financeiro e assegurar o cumprimento das obrigações anunciadas, o governo municipal adotará o contingenciamento de 30% nas nomeações de cargos comissionados, mantendo apenas o essencial para o funcionamento da administração pública. Anunciou, também, a redução de quase R$ 20 milhões na folha de pagamento, corrigindo excessos de contratados, autônomos e gratificações concedidas indevidamente.