“PREFEITA DEVE ASSUMIR SUA FUNÇÃO”, AFIRMA PRESIDENTE DA CÂMARA DE CABO FRIO

Presidente da Câmara de Cabo Frio Cobra Gestão Eficiente e Transparência da Prefeita

Na sessão de quinta-feira (21), o presidente da Câmara Municipal de Cabo Frio, Miguel Alencar (União), destacou a necessidade de união no legislativo diante da crise enfrentada pela cidade. Miguel afirmou que o diálogo sempre foi o principal instrumento da Casa para buscar soluções, mas ressaltou que a situação atual exige mais ação.

“O caos está instalado na cidade”, afirmou, referindo-se aos recentes protestos motivados pela falta de pagamento de servidores. Ele lembrou que funcionários da Saúde e outras áreas ainda aguardam seus salários, enquanto a prefeita Magdala Furtado (PV) prometeu regularizar os pagamentos nesta sexta-feira (22). No entanto, Miguel demonstrou preocupação com o ponto facultativo decretado pela prefeita, temendo que seja uma estratégia para evitar manifestações.

Miguel cobrou uma postura mais firme e eficiente da gestora. “Ela precisa diminuir a folha de pagamento, pagar quem está trabalhando e fazer a Prefeitura funcionar. Não podemos chegar ao fim do mandato, a 40 dias do término, com a cidade mergulhada no caos. Pagamentos essenciais estão atrasados, enquanto outros, escolhidos pela gestão, estão em dia”, criticou.

Ele também questionou a capacidade da Prefeitura de organizar eventos de final de ano em meio à desordem administrativa. “Se não conseguem organizar a folha de pagamento, como vão planejar festividades de fim de ano? Isso afeta diretamente hoteleiros, empresários e comerciantes, que dependem dessas atividades para movimentar a economia local. Quem assumiu a função de prefeita precisa encarar as responsabilidades, e não decretar ponto facultativo para evitar protestos em frente à Prefeitura”, completou.

Além disso, a Câmara deveria votar um requerimento solicitando informações sobre os repasses ao Fundo Municipal de Saúde nos últimos três meses, bem como a listagem de funcionários ativos no período. Contudo, a votação não ocorreu por falta de quórum.

A sessão expôs as tensões crescentes entre o legislativo e o executivo em Cabo Frio, evidenciando a urgência de respostas para os problemas que impactam diretamente a população e a economia local.

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