Representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais de todo o Brasil se uniram na caminhada “A luta para o Bem Viver”, realizada em Paraty (RJ) durante o 1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes (EITS) em setembro. Este ato simbolizou a defesa dos direitos fundamentais, em contraste com os vestígios coloniais do centro histórico da cidade, e foi uma das mais de 70 atividades do encontro, considerado “histórico” por participantes e parceiros.
Durante a semana, mais de 1.500 pessoas de 22 países compartilharam conhecimentos, fortaleceram a resistência e destacaram a riqueza cultural de seus modos de vida, especialmente em relação à conservação do planeta. O evento incluiu denúncias sobre os danos do modelo colonialista e capitalista nos territórios brasileiros.
O objetivo do encontro foi redigir uma carta apresentando soluções práticas já adotadas por essas comunidades, visando sua participação na COP 30, a ser realizada em Belém (PA) em 2025. A mensagem da carta foi clara: as soluções para preservar o mundo já existem e precisam ser ouvidas. O EITS, organizado por entidades comunitárias em parceria com universidades e instituições de pesquisa, reforçou a importância dos saberes tradicionais no contexto das mudanças climáticas. O encontro também promoveu vivências nos territórios, discutiu eixos temáticos estratégicos e culminou no lançamento da Rede Nhandereko de Turismo de Base Comunitária, que promove visitas a territórios tradicionais, promovendo a valorização cultural e econômica dessas comunidades.